Algumas das causas de infertilidade conjugal são detectáveis por meio de exames específicos, conforme mostra a tabela abaixo:
Causa | Exame que evidencia a causa |
Trompas (tubas) obstruidas ou com defeito de captação do óvulo | histerossalpingografia |
Falta de ovulação | Dosagens hormonais e ultrassonografia |
Defeitos na produção de espermatozóides | Espermograma, provas funcionais com o espermatozóide |
Falta de integridade do útero ou endométrio | Histerossalpingografia, histeroscopia |
Endometriose | Videolaparoscopia |
Existem ainda outras causas detectáveis por meio de exames específicos. Porém, o conhecimento ainda não permite um diagnóstico de todas as causas de infertilidade. Anomalias muito graves, que dificultam muito a reprodução, são resolvidas usualmente por meio de fertilização in vitro. No entanto, há causas menores, que funcionam mais como dificultantes do que como impedientes absolutos para a gravidez. Nesses casos, um dos tratamentos possíveis é a inseminação intrauterina.
Esse processo consiste em, primeiramente, estimular o crescimento de folículos nos ovários da paciente (a estimulação controlada dos ovários, já comentada). Isso porque nem todos os folículos que crescem tem óvulo, de modo que o crescimento de mais de um folículo traz uma certa garantia da existência de pelo menos um óvulo. Esse crescimento é monitorizado pelo exame de ultrassom e, quando um ou mais folículos atingem diâmetro médio maior ou igual a 17 mm, a chance de ocorrer um óvulo maduro é grande. Nesse momento, aplica-se uma medicação que induz e torna temporalmente previsível a liberação do óvulo (ovulação). Um pouco depois da ovulação, é colhido o sêmen que, depois de preparado (o que se procura é extrair os melhores espermatozóides da amostra), será inoculado dentro do útero da paciente. A partir dai, espera-se que o próprio corpo realize o restante do processo: captura dos óvulos pelas tubas, encontro e fusão dos espermatozóides com os óvulos (fertilização), transporte do óvulo até o útero (por conta das tubas) e implantação do embrião no útero.
A inseminação potencia a reprodução natural, resolvendo os seguintes problemas:
1..falta de ovulação (corrigida pela estimulação ovariana)
2..pequenas perdas de qualidade ou quantidade no sêmen (corrigidas com a extração dos melhores espermatozóides para inocular no útero)
3..defeitos de entrada do espermatozóide no útero, por incompatibilidade com o muco cervical (clara de ovo que sai durante a ovulação), posto que os espermatozóides são colocados diretamente dentro do útero, evitando atravessar a camada desse muco
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Dr Jorge Haddad-Filho, médico do Serviço de Reprodução Humana do Hospital São Paulo