Hazel Grace (Shailene Woodley) tem um câncer agressivo e avançado na tireoide. Com diagnóstico tardio e metástase nos pulmões, Hazel se submete a um tratamento experimental, com uma droga nova que age matando as células cancerígenas. Não há chance de cura, a expectativa é qualidade de vida e uma sobrevida maior.
Aos 17 anos, e convivendo com a doença desde os 13, a menina é levada por seus pais a um grupo de apoio cristão, onde adolescentes com doenças terminais se reúnem para falar de suas experiências, suas esperanças, seus medos. Só que a reunião que deveria se de auto-ajuda acaba por angustiar a personagem, que, antes de abandonar de vez o grupo, conhece Augustus “Gus” Waters (Ansel Elgort), que também tem câncer em estágio avançado e, como ela, luta contra o medo da iminência da morte.
Enquanto Hazel teme pela dor que causará aos seus pais e amigos quando se for, Gus anseia por deixar sua marca no mundo para não ser esquecido e os dois se tornam mais que amigos, passando juntos os principais conflitos da adolescência e do primeiro amor, enquanto lutam para se manter otimistas e fortes, um para o outro.
Mais que a doença, o filme – baseado em livro de mesmo nome, de John Green – fala sobre superação, amor, saber aproveitar o que se tem, enquanto se tem. É uma lição de vida diante da morte, inevitável.
Para não ser visto como vítima, o casal costuma brincar com suas condições e acaba por se mostrar forte e maduro, apesar da pouca idade. Seus questionamentos sobre morte, vida e o legado que deixarão, além da comicidade de alguns momentos, foram bem trabalhados, resultando em uma obra agradável, apesar de o tema ser bem difícil e não trazer a esperada pieguice, peculiar de filmes do gênero.
Lançado em 2014, o filme levou mais de seis milhões de brasileiros aos cinemas.
A Culpa é das Estrelas (The Fault In Our Stars, 2014), dirigido por Josh Boone, com Shailene Woodley, Ansel Elgort, Nat Wolff, Willem Dafoe, Laura Dern, Sam Trammell, Lotte Verbeek e Mike Birbiglia.