“Quando acabou a festa, sua vida começou…”. Essa é a descrição da história de Gwen Cummings (Sandra Bullock), no cartaz do filme, mas serve também para muitas outras histórias.
Gwen é uma escritora que tinha problemas com limites: não sabia a hora de parar. Passava seu tempo indo de festa em festa, cometendo excessos e abusos, despreocupadamente, até que a farra cobrou seu preço: bêbada, arruinou o casamento de sua irmã quando roubou a limusine e bateu com ela em uma casa.
Dupla sorte, a de Gwen: não se machucou e o incidente foi a gota d’água, motivo para a sentença judicial que determinou sua internação em uma clínica, onde ela teve sua segunda chance.
O nome do filme faz referência ao período do tratamento: 28 dias que deve passar na clínica de reabilitação para dependentes de álcool, tendo que aprender a viver de um modo diferente, com regras rígidas e consequências.
No filme podemos ver todas as etapas de um tratamento de recuperação: sua adaptação a um ambiente que lhe parece hostil, pelo simples fato de colocar limites e contrariar tudo o que sabia; suas tentativas, falhas, de resistir ao tratamento; a aceitação de que sim, tem um problema que não pode controlar sozinha e, por isso, precisa de ajuda; a aproximação a outras pessoas na sua mesma condição, e sua luta pela mudança.
Quando Gwen percebe que pode ter uma vida diferente, livre, em que toma o controle e cuida de sua saúde, ela entende que não basta apenas mudar hábitos, mas precisa também de companhias mais saudáveis.
A mensagem que fica é que o abuso de álcool traz graves consequências, não só físicas, mas também mentais, e o que parece diversão, no fim é apenas sofrimento e vergonha.
28 dias (28 Days, EUA, 1999), dirigido por Betty Thomas, com Sandra Bullock, Viggo Mortensen, Elizabeth Perkins, Steve Buscemi, Dominic West, Marianne Jean-Baptiste, Reni Santoni, Diane Ladd, Alan Tudyk, Margo Martindale, Mike O’Malley, Dan Byrd, Ric Reitz e Meredith Deane.