Na semana em que comemoramos o Dia Mundial Sem Tabaco, nossa dica cultural traz um filme nacional que aborda o vício pelo cigarro.
Baby (vivida por Glória Pires) é uma professora de violão que vive sozinha em um apartamento que herdou da mãe em São Paulo. Ela anda para cima e para baixo com uma camiseta do Chico Buarque, não tem grandes preocupações com o futuro e vive brigando com as irmãs por causa de um sofá velho. No fundo Baby é uma romântica inveterada, mas muito solitária e que sonha em viver um grande amor. Ah…e é claro, ela fuma sem parar.
As coisas mudam quando Max (Paulo Miklos), um músico recém-separado, muda-se para o apartamento ao lado e se torna seu novo vizinho. Baby vê em Max uma chance de viver uma história de amor e mudar sua vida.
Os dois se envolvem e, disposta a conquistar o músico, ela faz de tudo para agradá-lo. A única coisa que ele pede, na verdade, é que ela pare de fumar. Entre o amor e o cigarro, Baby resolve ficar com a primeira opção e decide entrar para um grupo de ajuda para fumantes.
Ela realmente se esforça para largar o vício, mas percebe o quanto será difícil abrir mão de algo que a acompanha há tanto tempo e começa então a se questionar se vale a pena mudar completamente sua vida por causa de outra pessoa. Baby descobre que o cigarro é um dos seus inimigos, mas não o único.
Vencedor de diversos prêmios, o filme foi muito bem recebido pela crítica. Com um humor leve, o longa vai te surpreender e te fazer rir. Conforme percebemos, o cigarro na verdade não é o ponto central do filme, mas a abordagem é válida e muito interessante. Vale lembrar que o longa foi lançado em 2009, ano em que o governo de São Paulo proibiu o fumo em ambientes fechados.
É proibido fumar (Brasil, 2009) dirigido por Anna Muylaert, com Glória Pires, Paulo Miklos, Paulo Cesar Pereio, Marisa Orth, Lourenço Mutarelli