O Brasil é um país tropical que convive com alta incidência solar durante grande parte do ano. Estar em contato com a luz do sol é importante para a saúde, afinal, ela é fonte de vitamina D. Entretanto, a exposição deve ser feita com cautela, pois sem a proteção adequada, pode desencadear o surgimento do câncer de pele.
Buscando conscientizar a população sobre os perigos da exposição ao sol, este mês, que é marcado pelo início do verão nos países do hemisfério sul, é conhecido também como “Dezembro Laranja”. Por isso, a Dermatologista Tassia Gabrielle Soares, da Policlínica Dr. Lusmar Veras Rodrigues, em Fortaleza, esclareceu algumas dúvidas sobre o câncer de pele. Confira a entrevista a seguir:
Como se proteger do sol?
Quanto mais proteção, melhor. O uso de protetor solar é muito importante, tanto o corporal, quanto o facial. Idealmente, deve ser aplicado todas as manhãs com uma camada generosa. De preferência deve ser reaplicado a cada duas ou três horas e o Fator de Proteção Solar (FPS) deve ser acima de 30. Se forem banhistas, o protetor solar deve ser específico, com resistência à água.
Além disso, as áreas expostas devem ser cobertas de maneira adequada, com calças e blusas de manga comprida, de preferência com proteção UV (ultravioleta), chapéus de aba larga ou viseira, óculos escuros e guarda-sol ou sombrinha. Não podemos esquecer, também, de tomar muita água.
O melhor horário para a exposição solar é antes das 8h e depois das 16h, que é quando os índices UVA e UVB estão menores. Esses cuidados podem diminuir a chance de câncer de pele no futuro.
Sinais de alerta para o câncer de pele
Devemos ficar atentos a algumas mudanças de padrão nos sinais e pintas que já existem no corpo. No caso dos carcinomas, podemos utilizar a regra ABCDE. Caso um sinal possua alguma das caraterísticas a seguir, deve ser avaliado por um dermatologista:
A – Assimetria: quando, ao fazer uma linha imaginária, dividindo o sinal em dois, um lado é diferente do outro;
B – Bordas: pintas com borradas ou irregulares;
C – Cores: sinal com duas ou mais cores;
D – Diâmetro: manchas com mais de 5mm;
E – Evolução: mudança de cor, tamanho, forma ou aparência de um sinal.
Fatores de risco
Alguns aspectos podem predispor o câncer de pele. São fatores que podem aumentar o risco de uma pessoa desenvolver a doença:
• Exposição solar exacerbada: passar longos períodos exposto ao sol sem proteção;
• Pele clara: quanto mais clara for a pele, maior a predisposição à doença;
• Histórico familiar de câncer de pele;
• Nevos congênitos: pintas que já nascem com o paciente e que podem mudam de formato ou de cor ao longo da vida.