No ultimo dia 06/12, aconteceu em Brasília o lançamento oficial do Projeto de Educação Permanente em Saúde Indígena (EPSI) da SPDM, com a presença de autoridades do Ministério da Saúde, Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI), Ministério Público Federal e Fundação Nacional do Índio (FUNAI).
O projeto, desenvolvido pela SESAI/Ministério da Saúde, SPDM/Hospital São Paulo, Projeto Xingu da Escola Paulista de Medicina (EPM) da UNIFESP e Departamento de Informática em Saúde (EPM-UNIFESP), abrange 800 profissionais de saúde de nível universitário que trabalham em 11 Distritos Sanitários Especiais Indígenas localizados nas regiões norte e centro-oeste do país, onde vivem cerca de 125 mil indígenas.
Serão oferecidos 12 módulos em um ambiente virtual de aprendizagem com o objetivo de qualificar o processo de trabalho na atenção básica à saúde indígena, a partir de competências antropológicas, políticas e epidemiológicas. Além de um vasto conjunto de materiais teóricos e atividades práticas que simulam situações do cotidiano na plataforma de ensino, serão realizadas oficinas nos locais de trabalho das equipes.
Durante o lançamento, diversos coordenadores de DSEI destacaram a importância da formação continuada e institucional dos profissionais que prestam assistência à saúde em contextos de grande diversidade cultural. “Espera-se que esta iniciativa produza impacto nos indicadores de saúde das populações atendidas pelos profissionais contemplados no programa”, declara o Dr. Douglas Rodrigues, coordenador geral do Projeto Xingu – EPM Unifesp e um dos idealizadores do Projeto de Educação Permanente.
A SPDM e o Projeto Xingu na educação permanente em saúde indígena
Ao longo de 52 anos, a SPDM/Hospital São Paulo e Projeto Xingu EPM/UNIFESP vêm contribuindo na capacitação de recursos humanos para a saúde indígena em diversas frentes, o que possibilitou um acúmulo expressivo de conhecimentos e práticas para conduzir este novo projeto:
No Parque Indígena do Xingu
- Formação profissional de 100 agentes indígenas de saúde e 17 auxiliares de enfermagem indígenas
- Extensão universitária para estudantes da graduação e residência médica
- Capacitação de 70 conselheiros de saúde indígena e 26 gestores indígenas
- Educação permanente de 80 profissionais de saúde das EMSI, NASI e CASAI
- Mobilização de 1200 participantes em 6 Encontros de Mulheres Xinguanas.
No Ambulatório do índio
- Educação permanente de 80 profissionais de saúde do Ambulatório do Índio do Hospital São Paulo, da Casa de Saúde Indígena de São Paulo (CASAI-SP) e de serviços de atenção básica do Estado de São Paulo que atendem populações indígenas.
Em todos os territórios Indígenas do país
- Formação de 630 profissionais de saúde de nível superior, indígenas e não indígenas, no Curso de Especialização em Saúde Indígena lato sensu da UNIFESP.