Um dos principais objetivos da SPDM – Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina é contribuir para a melhoria dos serviços médicos prestados à população por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). E um dos fatores cruciais para este aprimoramento passa pela qualificação dos profissionais que trabalham nas unidades gerenciadas pela instituição, por meio de treinamentos, por exemplo. Não à toa, a SPDM possui a maior rede acadêmico-assistencial de saúde do país. Pensando nisso, o Serviço de Urologia do Hospital Estadual de Transplantes Euryclides de Jesus Zerbini, em São Paulo, realizou no último dia 25 de julho um procedimento chamado Greenlight Laser Therapy, voltado para a fotovaporização da próstata.
O diferencial desta técnica é o menor sangramento nos pacientes, beneficiando principalmente aqueles que utilizam medicamentos para a coagulação. De acordo com o urologista Alcides Mosconi, ela permite também um tempo de recuperação mais curto do que outras técnicas tradicionais, além de alta precoce. “Estes fatores levam a um menor trauma cirúrgico ao paciente, com retorno às atividades diárias mais rápido, proporcionando menor custo do tratamento para qualquer fonte pagadora, sendo SUS, convênio ou particular”, explica.
Ainda inédito no Sistema Único de Saúde, o método, que dura entre 40 minutos e uma hora, utiliza o laser para transformar a parte da próstata que cresceu em vapor, diminuindo seu tamanho, descomprimindo a bexiga e, assim, desobstruindo a uretra e liberando o fluxo normal da urina. A Hiperplasia Benigna da Próstata é o segundo tumor benigno mais comum no homem, normalmente com idade a partir de 50 anos. Na unidade, desde julho de 2015, 1.074 pacientes já foram tratados com a doença.
Além de favorecer o paciente, o procedimento realizado no hospital também é de grande importância para os cirurgiões, que tem a oportunidade de aprender a técnica e estarem preparados para realizá-la, caso seja disponibilizada no SUS, beneficiando rapidamente a população. “A curva de aprendizado deste procedimento é pequena, possibilitando a realização de maneira efetiva e mais rápida para o cirurgião”, explica Mosconi.
Para o médico residente Adriano Couto, ter acesso a mais uma técnica cirúrgica tem sido muito importante para a formação clínica. “Nos preparamos muito, estudamos e nos aprofundamos. Utilizamos, inclusive, um simulador com alta tecnologia. É importante dizer que este é um procedimento avançado que vem para somar e que podemos oferecer como alternativa ao paciente que procura por tratamento”, finaliza.