A vacinação contra a Covid-19 é a maneira mais segura de se proteger das formas mais graves da doença. No entanto, para que a vacina tenha eficácia em caso de uma possível infecção pelo coronavírus, é importante que se tenha tomado as duas doses do imunizante, respeitando seu intervalo de tempo: 12 semanas para AstraZeneca e Pfizer e de 14 a 28 dias para a Coronavac. A vacina da Janssen é aplicada em dose única.
Mesmo com a imunização completa, é possível contrair e transmitir o vírus. Por isso, ainda são fundamentais os cuidados como uso de máscara, higiene das mãos e distanciamento. Os anticorpos gerados a partir da vacinação evitam o desenvolvimento de sintomas mais graves, que levam à internação e até mesmo à morte.
Estudo do Ministério da Saúde do Chile com a Coronavac, apontou que ela é 67% efetiva na prevenção da infecção sintomática pela doença; 85% para prevenir internações e de 80% na prevenção de mortes pela Covid-19. Já a imunização com as doses da vacina Oxford/AstraZeneca pode ter de 85% a 90% de efetividade contra o desenvolvimento da doença, segundo a Public Health England (PHE), que aponta ainda até 95% de eficácia da vacina da Pfizer.
Com eficácia das vacinas comprovada por meio de estudos, as autoridades ressaltam a importância de se cumprir o calendário e tomar a segunda dose. “A resposta do organismo com a primeira dose é similar à resposta imunológica com a segunda dose, porém com o tempo ela vai caindo. Caso a pessoa não receba a segunda dose da vacina contra a Covid-19 o efeito da primeira dose passa a ficar cada vez mais fraco até que perca totalmente seu efeito”, alerta Rafael Pardo, infectologista que atua nas unidades administradas pela SPDM.
Mesmo com atraso na segunda dose da vacina, a resposta imunológica não fica comprometida, o importante é completar a imunização para que o organismo crie os anticorpos. “Estudos indicam que pessoas que tomaram a segunda dose com atraso não apresentam queda na potência da resposta imunológica”, lembra Rafael. “O ideal é que todos possam tomar a segunda dose no prazo estipulado pela ANVISA e pelo Ministério da Saúde. No entanto, caso esse prazo não possa ser cumprido, é indicado que a segunda dose seja realizada o quanto antes”.
De acordo com o Ministério da Saúde, os novos casos e óbitos por Covid-19 caíram 40% em um mês. Os números consideram a média móvel de ambos entre 25 de junho e 25 de julho de 2021. No número de mortes, a queda é de 42%: a média móvel passou de 1,92 mil para 1,17 mil no período. Já o número de casos caiu para 42,77 mil na média móvel de domingo (25), o que representa redução de 40% em relação ao dia 25 de junho.
Os dados refletem a campanha de vacinação no país e reforçam a importância das vacinas como melhor forma de prevenção de doenças. Até o dia 28 de junho deste ano, eram 38.704.270 pessoas totalmente imunizadas (com duas doses ou dose única) e 97.325.965 pessoas que receberam ao menos uma dose da vacina contra a Covid-19.
“As quedas nos números de mortes e casos, com certeza, estão relacionadas à vacinação. A realização da primeira dose já atenua casos em pacientes que possam pegar a Covid-19. A segunda dose possui maior poder atenuante na gravidade dos casos e reduz drasticamente a possibilidade de óbito pela doença”.
A campanha de vacinação acontece de acordo com o calendário de cada município. Por isso, é importante consultar quais os grupos e faixas etárias estão sendo vacinados na cidade onde reside, antes de se dirigir a um ponto de vacinação. Caso você esteja entre os contemplados, vacine-se, sem escolher a marca da vacina. Todas são seguras e apresentam eficácia contra a Covid-19. E não esqueça de tomar, também, a segunda dose.