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SPDM é a grande vencedora
do Prêmio Chico Mendes na categoria Saúde e Meio Ambiente |
"Se
acharmos que nosso objetivo aqui, na nossa passagem pela terra,
é acumular riquezas, então não temos
a aprender com o índio. Mas, se acreditarmos que o
ideal é o equilíbrio do homem dentro de sua
própria família e dentro da comunidade, então
o índio tem extraordinárias lições
para nos dar.”
Cláudio Villas Boas
A Associação Paulista para o Desenvolvimento
da Medicina/Hospital São Paulo (SPDM/HSP) obteve a
primeira colocação na categoria Saúde
e Meio Ambiente da edição 2010 do Prêmio
Chico Mendes de Meio Ambiente, com o Projeto de Saúde
do Parque Indígena do Xingu. O Prêmio Chico Mendes
de Meio Ambiente foi instituído pelo Ministério
do Meio Ambiente em 2002, com o objetivo de valorizar e incentivar
iniciativas de proteção do meio ambiente que
contribuam para a promoção do desenvolvimento
sustentável da região amazônica brasileira.
Na opinião do Dr. Rubens Belfort Jr., presidente da
SPDM, o Projeto Xingu é um exemplo das atividades realizadas
pela SPDM e do sucesso da parceria entre a SPDM/Hospital São
Paulo (entidade privada e filantrópica) e a EPM, hoje
parte da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
“Há mais de 40 anos atuamos em conjunto, proporcionando
assistência médica, clínica e cirúrgica,
na região amazônica e no HSP, produzindo conhecimentos
científicos importantes, além de contribuir
para a formação de recursos humanos e de líderes
comunitários, principalmente nas áreas de educação
e saúde, relacionados às comunidades indígenas
e válidos para toda a região amazônica.”
O Projeto Xingu
Em 1965, o sertanista Orlando Villas Boas convidou o prof.
Roberto Geraldo Baruzzi para desenvolver um programa de saúde
com a EPM e o Hospital São Paulo no Parque Indígena
do Xingu. Pelo acordo inicial, a EPM passou a enviar equipes
de médicos, enfermeiras e dentistas quatro vezes ao
ano para a região. O convênio disponibilizava
o Hospital São Paulo para atendimento de casos clínicos
ou cirúrgicos especializados. As equipes também
colaboravam quando ocorriam epidemias e em situações
de contato com grupos indígenas isolados, como os panará
e os zoé. “No Projeto Xingu, foi definido, desde
seu início, que o propósito era levar os recursos
da nossa medicina respeitando a medicina indígena,
estabelecendo um clima de mútuo respeito com os pajés,
e de cooperação sempre que possível.
Era a oportunidade de trabalhar em outro contexto cultural,
enriquecendo a experiência dos participantes”,
conta o prof. Roberto Geraldo Baruzzi.
Desde então, sempre em conjunto com a Escola Paulista
de Medicina/Unifesp, a SPDM desenvolve atividades de atenção
integral à saúde, envolvendo assistência,
formação profissional, promoção
de saúde e pesquisas. O trabalho abrange o Ambulatório
do Índio e o Hospital São Paulo, referência
nacional em atendimento à média e alta complexidade
de pacientes indígenas, em articulação
com o subsistema de saúde indígena, componente
do SUS. No Xingu, suas equipes multiprofissionais respondem
pela atenção básica à saúde,
incluindo a vacinação e os principais programas
de saúde, como o acompanhamento do desenvolvimento
e crescimento das crianças, saúde da mulher
com ênfase no pré-natal e controle do câncer
uterino, programa de controle da tuberculose, DST e doenças
crônicas não transmissíveis, como hipertensão
arterial e diabetes, e saúde do adulto e do idoso.
Como resultado, os indicadores de saúde assemelham-se
aos de centros urbanos desenvolvidos e refletem a estruturação
dos serviços de saúde realizada pela SPDM.
A partir de 1990, o Projeto Xingu deu início à
formação de agentes de saúde e auxiliares
de enfermagem indígenas, com a perspectiva da formação
profissional em saúde. Todo o processo de ensino-aprendizagem
foi realizado com base na realidade local, o perfil epidemiológico,
os sujeitos, suas vivências e seus conhecimentos. Foram
trabalhados temas referentes a atenção primária,
saneamento, técnicas de enfermagem e de laboratório.
Os cursos têm sido realizados de forma modular e persistem
até os dias de hoje, formando novas turmas. Além
da capacitação dos profissionais das equipes
locais, foram realizados cursos de formação
para, aproximadamente, cem agentes indígenas de saúde
e 16 auxiliares de enfermagem indígenas. No momento,
estão em formação 26 gestores indígenas,
com foco na gestão dos serviços locais de saúde.
“Esse processo consolidou o protagonismo dos indígenas
na construção do sistema local de saúde,
na tomada de decisões e no controle social da saúde,
em busca da qualidade de vida baseada no modo de viver e pensar
o processo saúde-doença desses povos”,
atesta o Dr. Douglas Rodrigues, responsável pelo Projeto
Xingu, completando que a SPDM acompanhou, como parceira, todo
esse período, possibilitando a contratação
das equipes que atuam no Projeto Xingu.
No mês de setembro, a SPDM assinou convênios com
a Fundação Nacional de Saúde (Funasa)
e o município de São José do Xingu, em
Mato Grosso, que garantirão a manutenção
dos trabalhos de assistência à saúde indígena,
pesquisa e ensino na região, para formação
de profissionais indígenas que atuarão no próprio
Projeto Xingu. A meta agora é consolidar a estrutura
de atendimento diferenciado do Ambulatório do Índio
do Hospital São Paulo e ampliar as atividades junto
aos povos indígenas do estado de São Paulo,
possibilitando o envolvimento de maior número de alunos
de graduação e pós-graduação
nas atividades de extensão em saúde indígena
da Unifesp, com apoio da SPDM. Estão envolvidos no
Projeto Xingu 102 colaboradores contratados pela SPDM, sendo
88 profissionais indígenas. |
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Dr.
Rubens Belfort Jr. |
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Dra.
Sofia Mendonça |
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Dr.
Roberto Baruzzi |
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Dr.
Douglas Rodrigues |
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Vice-presidente
da SPDM é eleito presidente da World Medical Association
(WMA) |
Durante
Assembleia Geral realizada na cidade de Vancouver, no Canadá,
o Dr. José Luiz Gomes do Amaral, vice-presidente da
Associação Paulista para o Desenvolvimento da
Medicina (SPDM), foi eleito por aclamação para
presidir a World Medical Association (WMA) em 2012.
Amaral será empossado em solenidade agendada para a
próxima Assembleia da WMA, que acontecerá em
Montevidéu, no Uruguai, em outubro de 2011. |
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População de Uberlândia
ganha hospital administrado pela SPDM |
No dia
15 de novembro, o Hospital e Maternidade Municipal Dr. Odelmo
Leão Carneiro, que deverá ser gerenciado pela
Associação Paulista para o Desenvolvimento da
Medicina (SPDM) em parceria com a Secretaria Municipal da
Saúde de Uberlândia, foi entregue à população.
A cerimônia contou com a presença de autoridades
políticas, como o governador de Minas Gerais, Antonio
Anastasia, o prefeito Odelmo Leão, o secretário
de Estado de Saúde, Antônio Jorge Souza Marques,
o secretário municipal de Saúde, Gladstone Rodrigues
da Cunha, o superintendente da rede de Hospitais Afiliados
da SPDM, Dr. Nacime Salomão Mansur, e mais de 700 pessoas
da comunidade.
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O Dr. Odelmo
Leão Carneiro é um hospital geral, de média
complexidade, com 258 leitos e capacidade para 900 saídas
por mês. Além de Pronto-Socorro e Maternidade,
atende especialidades clínicas e cirúrgicas.
O moderno edifício hospitalar, projetado pelo renomado
arquiteto Domingos Fiorentini, recebeu pesados investimentos
tanto em tecnologia de ponta quanto em recursos de sustentabilidade.
“O arrojado projeto arquitetônico da instituição
exigirá da SPDM um desafio, no sentido de criar mecanismos
de gestão para fazer frente às inovações”,
avalia o Dr. Nacime Salomão Mansur, superintendente
da rede de Hospitais Afiliados da SPDM. |
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Antonio
Anastasia, governador de Minas Gerais, Odelmo Leão,
prefeito de Uberlândia e Dr. Nacime Salomão Mansur,
superintendente da Rede de Hospitais Afiliados da SPDM |
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Hospital
São Paulo e afiliados da SPDM no combate à superbactéria
Klebsiella pneumoniae, produtora de carbapenemase (KPC) |
Recentemente,
a população tomou conhecimento, através
da mídia, de casos de infecção nos
hospitais pela bactéria Klebsiella pneumoniae,
produtora de carbapenemase (KPC), prontamente batizada
de “superbactéria”. O prof. Eduardo
Medeiros, presidente da Comissão de Epidemiologia
Hospitalar do Hospital São Paulo/SPDM, esclarece
que não há motivo para pânico na comunidade,
pois a KPC é uma bactéria multirresistente
que acomete principalmente pacientes hospitalizados, portadores
de doenças imunodepressoras, como câncer,
linfoma, leucemia, que permanecem internados por longo
tempo, principalmente em Unidades de Terapia Intensiva
(UTIs), com exposição prévia e frequente
a antibióticos. “Quem está saudável
não corre esse risco, mesmo no ambiente hospitalar.”
O especialista explica que KPC é a abreviatura
de Klebsiella pneumoniae, produtora de carbapenemase,
enzima capaz de anular muitos dos antibióticos
usualmente utilizados em hospitais, como as cefalosporinas
e as carbapenemas. “O paciente que desenvolve uma
infecção por essa bactéria é
muito difícil de ser tratado, porque restam poucas
opções terapêuticas e, portanto, o
tratamento é mais difícil e com maior custo.”
Velhas conhecidas
Segundo Medeiros, o problema da resistência bacteriana
é muito importante, e não só com
a KPC, principalmente para os indivíduos que ficam
internados por longos períodos nas UTIs. “Cada
vez mais a gente vem se deparando com esse aumento de
resistência, principalmente entre as bactérias
gram-negativas, como P. aeruginosa, A. baumanni e Enterobacter
spp.”
Ele explica que as bactérias vêm há
milhões e milhões de anos resistindo às
competições e às mudanças
ambientais para sobreviverem, enquanto os antibióticos
têm uma história curta, de cerca de 70 anos.
Então, elas vão criando mecanismos de resistência
contra todas as classes de antibióticos, que são
adquiridas por outras bactérias, para adaptação
e sobrevivência. “Portanto, o problema da
resistência bacteriana sempre existirá, principalmente
no ambiente hospitalar, sendo impossível de ser
eliminado por se tratar de um mecanismo de adaptação
das bactérias nas situações de exposição
aos antibióticos. O que as comissões de
controle de infecção hospitalar devem fazer,
em primeiro lugar, é adotar medidas preventivas
para evitar a transmissão dessas bactérias
entre os pacientes. E a principal medida é a higiene
das mãos, que deve ser constantemente reforçada.”
Outra medida importante é o controle de antibióticos,
tanto dentro quanto fora dos hospitais. “Embora
não tenha relação direta com o aparecimento
da KPC, a proposta da Anvisa de regulamentar o uso de
antibióticos, por meio de sua venda controlada,
é muito importante, pois no médio e longo
prazo contribuirá para diminuir a resistência
de bactérias na comunidade, como os pneumococos,
a penicilina e os macrolídeos”, finaliza
Medeiros.
Comissões de Controle de Infecção
Hospitalar (CCIHs)
O Hospital São Paulo e a rede de Hospitais Afiliados
da SPDM têm constituídas Comissões
de Controle de Infecção Hospitalar (CCIHs),
que integram o Sistema de Vigilância Epidemiológica
das Infecções Hospitalares, responsável
por monitorar ocorrências que envolvam a possibilidade
de epidemias. Segundo a Dra. Lourdes das Neves Miranda,
responsável pela Comissão de Controle de
Infecção Hospitalar do Hospital Pirajussara,
além das medidas rotineiras preconizadas pela Vigilância
Sanitária e empregadas pelas CCIHs, todas as instituições
adotam um conjunto de medidas-padrão para evitar
a disseminação dessa bactéria:
- reforço da higienização das mãos
por todos os profissionais envolvidos na assistência
ao paciente;
- detecção precoce pelo Serviço de
Microbiologia com a capacidade de identificação
de bactérias com resistência a carbapenêmicos;
- imediata comunicação pelo Serviço
de Microbiologia de todo isolamento suspeito de KPC ao
Serviço de Controle de Infecção Hospitalar
(SCIH);
- isolamento de contato dos pacientes com infecção
ou colonização (portam a bactéria,
mas não adoeceram) em quartos privativos;
- isolamento de todo paciente transferido de outros hospitais,
até a liberação negativa dos resultados
de pesquisa de bactérias multirresistentes;
- capacitação dos profissionais de saúde
nas medidas de controle de infecção hospitalar.
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Hospital
São Paulo/SPDM oferece tratamento de ponta para arritmia
cardíaca, pelo SUS |
O
Hospital São Paulo/SPDM, pioneiro no uso da ablação
utilizando radiofrequência para tratamento de arritmias
cardíacas no Brasil, agora oferece uma nova opção
para os casos de fibrilação atrial e outras
arritmias complexas. Trata-se do Carto 3, equipamento de
última geração que permite mapear o
sistema elétrico do coração com uma
visualização tridimensional dos cateteres
e das estruturas cardíacas.
A ablação é um método pelo qual
se realiza a cauterização dos focos das arritmias
com o uso de radiofrequência, uma forma de energia
semelhante ao bisturi elétrico, que é aplicada
por meio de cateteres especiais. “A nova tecnologia
permite a visualização de todos os cateteres
utilizados, com mais precisão e segurança,
além de menor exposição do paciente
à radiação”, comemora o Dr. Angelo
de Paola, responsável pelo Setor de Eletrofisiologia
e Arritmias Cardíacas do Hospital São Paulo/SPDM.
A arritmia cardíaca, mudança repentina no
ritmo cardíaco, pode causar palpitações,
falta de ar, dor no peito, tonturas, desmaios e até
morte. Nesses 20 anos, só no HSP já foram
realizados mais de 5 mil procedimentos, com índices
de sucesso em torno de 95% nas arritmias menos complexas.
Uma das arritmias, a chamada fibrilação atrial,
é muito frequente e mais difícil de ser tratada
do que as outras. Um estudo controlado, com a participação
das maiores autoridades no assunto (JAMA 2010;303:333-340)
– o HSP foi o único representante da América
Latina –, provou que a ablação da fibrilação
atrial é indicada nos casos que não respondem
às drogas. O sistema Carto 3 é o sistema mais
moderno utilizado para o tratamento desse tipo de arritmia,
conseguindo de 70% a 80% de bons resultados. |
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SPDM na I Mostra de Experiências Exitosas da Saúde
da Família do Município de São Paulo |
A Associação
Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM) participou
da I Mostra de Experiências Exitosas da Saúde
da Família do Município de São Paulo,
que, durante três dias do mês de outubro, reuniu
mais de 3 mil profissionais para troca de experiências,
debates e reflexões sobre o sucesso de diversas ações
de atenção básica da Secretaria Municipal
da Saúde (SMS). Atualmente, 30% da população
de São Paulo tem cobertura da Estratégia Saúde
da Família.
Desde 2001, a SPDM – representada no evento pelos
Drs. Nacime Salomão Mansur (superintendente dos Hospitais
Afiliados SPDM) e Mário Silva Monteiro (superintendente
do Programa de Atenção Básica e Saúde
da Família da SPDM) – é um dos principais
parceiros da cidade de São Paulo na área da
saúde. Nos dias de hoje, a instituição
responde por 21,5% do total de equipes de saúde da
família cadastradas no município.
Na opinião do Dr. Mário Silva Monteiro, que
ministrou a palestra “Os avanços das organizações
sociais no município de São Paulo”,
esse tipo de trabalho já é vitorioso e as
perspectivas são grandiosas. “Além da
manutenção do trabalho que já existe,
no futuro essa estratégia deve ser ampliada para
todo o estado de São Paulo e para todo o país,
aumentando sua capilaridade e beneficiando um número
cada vez maior de pessoas.”
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SPDM inaugura Centro de Atenção Psicossocial Infantil
na microrregião Vila Maria/Vila Guilherme |
No mês
de novembro, a SPDM inaugurou um Centro de Atenção
Psicossocial Infantil (Caps Infantil) na microrregião
Vila Maria/Vila Guilherme, na zona norte de São Paulo,
em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde. O
objetivo do novo ambulatório é otimizar o acesso
ao tratamento de pacientes com transtornos mentais severos
e persistentes, que necessitem de avaliação
e atendimento especializados. A unidade atenderá casos
de dependência química, psicose e autismo, entre
outros, com capacidade de realizar cerca de 1.200 atendimentos
médicos mensais.
O Caps Infantil Vila Maria/Vila Guilherme oferecerá
assistência integral, com atendimento individual (medicamentoso,
psicoterápico, de orientação e outros)
e em grupo (psicoterapia, grupo operativo e atividades de
suporte social); atendimentos em oficinas terapêuticas,
visitas e atendimentos domiciliares; atendimento à
família; e atividades intersetoriais com escolas e
abrigos da região.
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A equipe
do Caps Infantil, que trabalha de forma integrada com as unidades
básicas de saúde e a comunidade, é formada
por médicos psiquiatras, psicólogos, terapeutas
ocupacionais, assistentes sociais, fonoaudiólogos,
psicopedagogos, nutricionista, enfermeiros, técnicos
de enfermagem, farmacêuticos, auxiliares de farmácia
e equipe administrativa.
A microrregião Vila Maria/Vila Guilherme
A OSS-SPDM Vila Maria/Vila Guilherme gerencia as unidades
de saúde da área de abrangência da Supervisão
Técnica de Saúde Vila Maria/Vila Guilherme,
que compreende os distritos administrativos dos bairros Vila
Maria, Vila Guilherme e Vila Medeiros, conhecida pelas Unidades
Afiliadas como “microrregião”, que ocupa
uma área de 26,4 quilômetros quadrados, correspondendo
a 1,75% da área total do município, com população
estimada, para 2007, em 284.337 habitantes, a qual constitui
2,62% da população municipal. Sua densidade
demográfica, de 10.770 habitantes por quilômetro
quadrado, é superior à média municipal,
de 7.077 habitantes por quilômetro quadrado.
Em recente pesquisa realizada pela Secretaria Municipal de
Saúde (SMS), da Prefeitura Municipal de São
Paulo, em parceria com o Via Pública – Instituto
para o Desenvolvimento da Gestão Pública e das
Organizações de Interesse Público –,
a Vila Maria/Vila Guilherme foi a microrregião que
obteve a melhor avaliação de satisfação
pelos usuários – nota 75,3. |
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Residência Médica |
Dr. Antonio Carlos Lopes
O governo federal desenha, neste exato momento, um decreto-lei
que dispõe sobre o exercício das funções
de regulação, supervisão e avaliação
de instituições que ofertam programas de residência
médica. Poderíamos imaginar que a iniciativa
busca resolver problemas históricos do processo, citando
como exemplo a utilização dos residentes como
mão de obra barata ou a falta de preceptoria competente
e comprometida com a formação de especialistas
qualificados.
Porém, pensar dessa forma é pura ingenuidade.
Especialmente se refletirmos sobre os recentes ataques ao
programa de residência médica por parte de gestores
que não são médicos e que, infelizmente,
influenciam os destinos do ensino da medicina no Brasil. Em
sua intelectualidade delirante e do alto de seus luxuosos
gabinetes, tais gestores distanciam-se a cada dia das necessidades
reais da educação e da saúde, ousando
apresentar propostas incabíveis e tendenciosas.
O curso médico deve ter como principal vertente formar
médicos com ensino baseado na comunidade. Para tanto,
faz-se imperioso que a academia seja consultada para a elaboração
de currículos de qualidade. Não podemos admitir
que seja verdadeira a afirmativa de “formar médicos
para o Sistema Único de Saúde (SUS)”.
Precisamos de uma política que valorize a residência
médica por ser a melhor forma de treinamento após
a graduação.
O decreto-lei gestado em Brasília, contudo, não
contempla tais preocupações. Para começar,
cria uma correlação de forças pró-governo
que enfraquece a transparência e o exercício
da democracia. Também esvazia a Comissão Nacional
de Residência Médica (CNRM), tornando-a uma espécie
de órgão assessor da Secretaria de Educação
Superior (Sesu), do Ministério da Educação
(MEC). Um exemplo: se a CNRM negar o credenciamento de um
programa, caberá recurso à Sesu.
Baseado nos ritos administrativos colocados na proposta de
novo marco regulatório, descredenciar um programa será
tarefa quase impossível, à semelhança
do que ocorre com a intervenção em faculdades
de medicina com qualidade insuficiente. O programa que não
respeitar os requisitos terá de se submeter a um “protocolo
de compromisso”. Se não cumpri-lo, será,
então, instituído um processo administrativo,
iniciando a partir daí um processo de protelação
sem fim. Assim, estão dadas as bases da transformação
do ensino das especialidades na graduação, uma
máquina de produzir médicos por transbordamento,
aviltando ainda mais a medicina brasileira e a população
por ela assistida.
Quando estive à frente da Comissão Nacional
de Residência Médica, lutei bravamente e impedi
que ocorresse o desmanche agora desenhado. Portanto, continuarei
opositor vigoroso de todo e qualquer ataque à residência
médica. Aliás, é bom que se frise que
uma residência médica adequada e de bom nível
é um patrimônio da nação e de seus
cidadãos. Também é fundamental para a
excelência de nossa medicina, além de garantia
de que todos, conforme consagrado na Constituição
federal, têm direito à assistência integral
e universal de qualidade à saúde.
No Brasil que sonhamos não há espaço
para médicos que sejam formados para o SUS, com objetivo
de atender os mais carentes, nem para médicos bem preparados
para os mais abastados. Todos somos brasileiros e merecemos
atendimento igualmente digno e competente.
Antonio Carlos Lopes é presidente da Sociedade
Brasileira de Clínica Médica |
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Equipe de cirurgia cardiovascular do Hospital São Paulo/SPDM
domina know-how do coração artificial
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O coração
é uma máquina quase perfeita, que garante o
funcionamento do corpo humano por meio da oxigenação
e da circulação do sangue por todo o corpo.
Num dia, o coração bate cerca de 100 mil vezes
(são 70 vezes por minuto) e bombeia algo em torno de
7.570 litros de sangue. “Isso dá uma ideia de
quanto essa máquina trabalha no decorrer da vida de
uma pessoa, sem grande manutenção, sem superaquecimento”,
avalia o Dr. João Nelson Rodrigues Branco, cirurgião
da equipe de cirurgia cardiovascular do Hospital São
Paulo/SPDM.
Segundo ele, o homem, que é muito curioso, tentou fazer
algo semelhante, mas não chegou nem perto. “Mesmo
assim, hoje temos coisas maravilhosas, como a assistência
circulatória mecânica, conhecida como coração
artificial, que representa uma esperança para os portadores
de cardiopatia terminal.”
São classificados portadores de doença cardíaca
terminal aqueles cardiopatas nos quais já foram esgotados
todos os recursos clínicos e medicamentosos, além
de todos os procedimentos cirúrgicos tradicionais que
seriam capazes de prolongar e melhorar sua qualidade de vida.
“Normalmente, eles têm uma expectativa de vida
muito curta e péssima qualidade de vida – com
falta de ar constante até durante o sono (insuficiência
cardíaca refratária) –, dependendo de
outras pessoas para realizar as mínimas tarefas”,
conta o cirurgião.
Até um passado recente, a única opção
para esses pacientes era o transplante de coração.
Entretanto, como o número de transplantes cardíacos
não é suficiente para atender à demanda,
alguns pacientes não têm condições
de aguardar e muitos morrem à espera de um doador.
“Na década de 1990, surgiram novas esperanças
com a realização do primeiro implante de uma
assistência circulatória mecânica (1966
– Dr. DeBakey) e do primeiro implante de coração
artificial total (1969 – Drs. Cooley e Liotta), nos
Estados Unidos”, conta o Dr. José Cícero
Guilhen, que faz parte de uma equipe de cirurgiões
do Hospital São Paulo/SPDM que receberam treinamento
em centros de renome internacional para realizar esse tipo
de procedimento. Segundo ele, foi então que tiveram
início as aplicações clínicas
de diversos modelos nos Estados Unidos e, principalmente,
na Europa, sendo que, em 1994, o Food and Drug Administration
(FDA) aprovou o primeiro dispositivo de assistência
ventricular como ponte para transplante, nos Estados Unidos,
para uso comercial.
A assistência circulatória mecânica é
feita por meio de um dispositivo artificial que, acoplado
ao coração, ajuda a normalizar sua função,
com aproveitamento do potencial cardíaco. Existem vários
modelos, adequados à necessidade do paciente –
assistência direita, assistência esquerda, biventricular
ou coração artificial total –, utilizados
nas seguintes situações:
- ponte para recuperação, quando existe a possibilidade
de o coração da pessoa se recuperar e voltar
a funcionar;
- ponte para transplante, quando o paciente está aguardando
um órgão para transplante;
- ponte para ponte, em que existem alguns dispositivos mais
simples, como o balão intraórtico, que podem
ser instalados provisoriamente até que se defina qual
é o melhor modelo para o caso do paciente;
- definitivo, quando o paciente não se enquadra em
um protocolo de transplante devido acomorbidades ou à
idade avançada.
Segundo o Dr. João Nelson Branco, no Brasil já
existem algumas tentativas pioneiras de desenvolvimento desse
dispositivo artificial. Entretanto, ainda não existe
uma máquina perfeita – além das complicações,
como tromboses ou hemorragias, existe o problema do custo,
que é altíssimo –, por isso mesmo esse
tipo de procedimento só é realizado em situações
extremas. “Portanto, nós ainda vamos ouvir falar
do velho e bom transplante durante muito tempo”, prevê.
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Aconteceu na SPDM |
26/10/2010
Conferência SPDM
Dr. Giovanni Guido Cerri – Diretor da Faculdade de Medicina
da Universidade de São Paulo (USP) e futuro secretário
estadual da Saúde
Após a apresentação do Dr. Rubens Belfort
Jr. e a saudação do reitor Walter Albertoni,
o convidado falou da satisfação pela oportunidade
da troca de experiências entre as nossas instituições.
Na sequência, iniciou sua palestra com uma breve apresentação
do organograma do Complexo Hospital das Clínicas e
Faculdade de Medicina,da integração entre os
diversos setores, com suas diferentes personalidades jurídicas,
formas de gestão e financiamento. A maior parte dos
recursos é pública, proveniente principalmente
do governo do estado (o maior parceiro), do governo municipal
e do governo federal, além de inúmeros convênios,
de pesquisas e das seguradoras.
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Dr. Giovanni
Guido Cerri, diretor da Faculdade de Medicina da Universidade
de São Paulo (USP) |
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O Dr. Cerri
explicou que a Fundação Faculdade de Medicina,
em sua função social, é responsável
pela gestão da saúde na zona oeste da cidade
de São Paulo, com toda a sua estrutura, o que inclui
o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo,
organização social de saúde (OSS) voltada
para o ensino, a pesquisa e a assistência em oncologia.
Inaugurado em maio de 2008, o Instituto do Câncer do
Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira é
uma organização social de saúde criada
pelo governo do estado, em parceria com a Fundação
Faculdade de Medicina, para ser o maior hospital especializado
em tratamento de câncer da América Latina. Segundo
ele, houve uma grande sinergia entre a Faculdade de Medicina
da USP e o governo do estado de São Paulo para unir
boa assistência, pesquisa e formação de
recursos humanos na mesma instituição. “O
grande desafio foi começar um hospital do zero, e isso
provou que os modelos têm que evoluir.”
No prédio, de 28 andares, cerca de 6 mil pacientes
com diagnóstico de câncer são atendidos
mensalmente e tratados por alguns dos mais qualificados profissionais
do Brasil nessa especialidade. “Uma característica
essencial do instituto é a inovação na
assistência prestada, que permite ao paciente ter todas
as fases de seu atendimento, do diagnóstico à
reabilitação, integradas no mesmo local”,
explicou.
O atendimento é gratuito; entretanto, 25% dos pacientes
atendidos têm seguro-saúde. “Daí
nosso empenho em mudar a lei para poder atender pelas seguradoras
e, assim, ajudar no financiamento da instituição,
com uma entrada de cerca de 150 milhões de reais, que
permitirão fechar a conta e chegar aos 500 milhões
de reais necessários para ativar todo o Icesp”,
explica Cerri. A meta para o futuro é ativar a totalidade
da instituição, aumentando a capacidade instalada
e de operação. |
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Dr. Rubens
Belfort Jr, presidente da SPDM, e Dr. Walter Manna Albertoni,
reitor da Unifesp |
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Dr. Rubens
Belfort Jr, Dr. José Roberto Ferraro, superintendente
do Hospital São Paulo/SPDM, Dr. Walter Manna Albertoni
e Dr. Giovanni Guido Cerri |
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Anote na sua Agenda |
07/12/2010
Simpósio “As Redes Regionalizadas do
SUS e as Experiências de Implementação
da PPI”
Local: Rua Diogo de Faria, 1036- 2º subsolo
– Vila Clementino
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14/12/2010
Conferência SPDM
Dr. Olímpio
J. Nogueira V. Bittar
Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo
Tema: Sistema Brasileiro de Saúde e Sistemas Acadêmicos
de Saúde: "Participação e Perspectivas
nas Políticas de Saúde"
Horário: 10h
Onde: Anfiteatro do Hospital São Paulo
Rua Napoleão de Barros, 715 – 15º. andar
– Vila Clementino
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Obs.:
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informativo enviado para formadores de opinião da área
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