MATÉRIAS

Hospitais públicos gerenciados pela SPDM obtêm acreditação canadense

Dois hospitais da Rede de Unidades Afiliadas da SPDM – Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina, o Geral de Pirajussara e o Estadual de Diadema, acabam de conquistar a Acreditação Canadense, do Canadian Council on Health Services Accreditation (CCHSA). “Pela primeira vez no Brasil, hospitais 100% SUS têm certificação de hospital de primeiro mundo”, explica o dr. Rubens Belfort Jr., presidente da SPDM.

A Acreditação Canadense, modelo de certificação focado na segurança do paciente, garante às instituições de saúde a promoção da qualidade da gestão administrativa e assistencial.

 
Acreditação Canadense
 
Qualidade
A SPDM se propõe a contribuir de forma efetiva para a melhoria contínua dos serviços prestados pelo sistema de saúde pública do Brasil. Para tanto, associa o melhor da tecnologia ao atendimento de alta qualidade. Para validação e reconhecimento de seu processo de qualidade, busca a certificação de órgãos acreditadores: além da certificação canadense, três de suas unidades são acreditadas pela Organização Nacional de Acreditação de Hospitais (ONA) em nível III – Excelência, enquanto outras duas têm nível I.

Desde sua inauguração, em 1999, o Hospital Geral de Pirajussara (HGP), de 282 leitos, é o referencial de saúde para cerca de 500 mil pessoas da região de Embu e Taboão da Serra e referencial de alta complexidade para 2,7 milhões de pessoas de 15 municípios do entorno (Vargem Grande Paulista, Osasco, Juquitiba, São Lourenço da Serra, Barueri e Cotia, entre outros), com atendimento clínico e cirúrgico em especialidades como neurocirurgia, oftalmologia, pediatria e cirurgia cardíaca.

O Hospital Estadual de Diadema, com 280 leitos, é o referencial de saúde para cerca de 2,4 milhões de pessoas da região do ABCD, que compreende sete municípios – Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. A diretriz primordial da instituição é a inserção no sistema de saúde local, direcionado para o tratamento e a prevenção de doenças e a promoção da saúde.
 
Abina M. Dann, Cônsul-Geral do Canadá, e dr. Nacime Salomão Mansur, superintendente dos hospitais afiliados da SPDM
Dr. José Luiz Gomes do Amaral, vice-presidente da SPDM, dr. Rubens Belfort Jr., presidente da SPDM, Marcio Francesquine, Trade Commissioner do Consulado Geral do Canadá, e Abina M. Dann, Cônsul-Geral do Canadá
 

Equipe do Hospital São Paulo/SPDM realiza transplante inédito de artéria

Na última semana de janeiro, a equipe de cirurgia vascular do Hospital São Paulo/SPDM, chefiada pelo prof. José Carlos Costa Baptista Silva, realizou o primeiro transplante de artéria para salvamento de membro isquêmico (membro sem circulação) no Brasil. O procedimento foi um sucesso: o paciente encontra-se em franca recuperação – sem dor, com boa cicatrização das ulcerações, coloração normal do membro atingido – e já consegue caminhar.

O doente, um homem de 56 anos, ex-fumante, com histórico de transplante renal e hipertenso, é portador de aterosclerose, com oclusão arterial crônica, que compromete a circulação dos membros inferiores. Mesmo sob tratamento, um trauma recente nos dedos do pé direito agravou a situação – fortes dores obrigavam o paciente a dormir com o pé pendurado para fora da cama, impedindo seu repouso.

Como a situação do paciente não permitia a adoção de medidas tradicionais, como a revascularização do membro isquêmico com veia do próprio paciente ou colocação de uma prótese sintética, o transplante da artéria de um doador falecido foi a solução encontrada para evitar a amputação do membro prejudicado.

O Sistema Estadual de Transplantes do estado de São Paulo foi acionado e autorizou a retirada da artéria femoro poplíteo tibial posterior do membro inferior de um doador jovem falecido, que foi transplantada para o membro inferior direito do paciente. Segundo o prof. Baptista, o risco de rejeição é praticamente nulo, especialmente nesse caso. “Além de o risco de rejeição em transplante de tecidos ser historicamente baixo, nesse caso específico o paciente está protegido graças ao uso de imunossupressores desde o transplante de rim, há cerca de dois anos.”
   

A SPDM na campanha contra o cigarro

Os dez hospitais da Rede de Unidades Afiliadas da SPDM estão realizando uma campanha de sensibilização de clientes internos e externos, por meio de cartazes com mensagens de alerta sobre os males causados pelo cigarro. Além de conter avisos sobre a proibição de fumar em ambientes fechados, conforme determina a lei, o material traz mensagens de estímulo para que os fumantes abandonem o tabaco. A campanha deverá prosseguir com iniciativas – palestras com especialistas e relatos de experiências de ex-fumantes – que motivem os fumantes a aderir ao tratamento que a instituição estará oferecendo.

Segundo o dr. José Roberto Jardim, pneumologista do Hospital São Paulo/SPDM, começar a fumar é fácil, o difícil é parar. Além de um motivo forte e muita força de vontade, 40% dos fumantes – aqueles que são verdadeiramente dependentes – precisam de tratamento, que pode ser farmacológico ou não, baseado em mudança comportamental e terapia. “É muito difícil deixar de fumar sozinho”, atesta o dr. Jardim, aproveitando a deixa para recomendar aos que não fumam que não comecem; aos que já fumam, que parem o mais rápido possível; e aos que fumam e têm sintomas, que procurem seu médico o mais rápido possível.

Cigarro – inimigo da saúde pública
Foi-se o tempo em que o cigarro era sinônimo de glamour e as pessoas fumavam para imitar seus ídolos. Esse hábito está mudando a duras penas. Hoje, o tabagismo é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) problema de saúde pública global e a segunda maior causa de morte no mundo – mata 5 milhões de pessoas anualmente (com expectativa de 540 milhões de mortes até 2050), 200 mil delas somente no Brasil.

Diante de evidências científicas, há algumas décadas o cigarro passou a ser considerado inimigo da saúde pública, combatido por uma série de iniciativas em grande parte do mundo. Se algumas surtiram o efeito desejado, outras nem tanto. O Brasil é considerado um exemplo, já que suas iniciativas – mensagens em carteiras de cigarro e a proibição de fumar em locais fechados – têm alcançado sucesso: recente pesquisa aponta que o cigarro está entre os produtos que tiveram maior queda de consumo nos últimos anos – em 2009, foi de 3,9%, acrescidos de 1,5% no ano passado.

Atualmente, apenas 17% da população é composta de fumantes – em 1989, essa proporção alcançava os 32%. “No Brasil, a velocidade de diminuição do tabagismo foi muito maior do que em outros países que adotaram as mesmas iniciativas”, ressalta Jardim, lembrando que a lei que proíbe o fumo em locais fechados no estado de São Paulo – atualmente adotada por mais cinco estados brasileiros – tem 95% de aprovação da população. Segundo ele, mesmo que fosse só pelo fumante passivo, a lei já seria válida, pois o direito da maioria tem de ser respeitado – 83% da população que não fuma. “Portanto, a lei é eficiente”, avalia, informando que está em votação no Congresso uma lei que proíbe fumar em locais fechados no Brasil inteiro.

Os males causados pelo cigarro
Para cada dólar de imposto arrecadado com cigarro, o governo gasta de 2 a 3 dólares em saúde com os problemas relacionados ao cigarro, que está associado, direta ou indiretamente, a 53 moléstias, como doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), infarto do miocárdio, fibrose pulmonar idiopática, câncer da laringe e de próstata, entre outras. Também aumenta o risco de câncer de esôfago, câncer de rins, pâncreas e mama.

Segundo dados publicados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), de cada dois fumantes um vai morrer de doença relacionada ao cigarro (causada ou associada). Isso sem contar que várias dessas doenças levam à má qualidade de vida e ao sofrimento. “Nas doenças que provocam arteriopatia, por exemplo, que vai destruindo artérias periféricas, principalmente, quando associadas a diabetes, muitos deles são obrigados a fazer amputação”, exemplifica Jardim.

Segundo o dr. Jardim, existem várias evidências na medicina de que o fumante passivo também pode ficar doente. Ele cita duas pesquisas realizadas com crianças que provam os malefícios da convivência com fumantes. Uma mostrou que crianças filhas de fumantes têm mais doenças respiratórias do que aquelas cujos pais não são fumantes, enquanto outra demonstrou alto nível de cotinina (substância derivada da nicotina) na urina de um grupo de crianças, nas mesmas condições. Para aquelas que têm os dois pais fumantes aumenta ainda mais essa possibilidade. Além disso, está provado que crianças que crescem em meio a fumantes e inalam fumaça de cigarro são mais suscetíveis de se tornarem fumantes.
   
 

SPDM inaugura Clínica de Saúde da Família, em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde e Defesa Civil do Rio Janeiro

No início de janeiro, a Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM), em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil do Rio Janeiro, inaugurou uma Clínica de Saúde da Família. A unidade, localizada no bairro Tomáz Coelho – na zona norte da cidade –, foi batizada Herbert de Souza, em homenagem ao sociólogo e ativista dos direitos humanos Betinho.

A SPDM, reconhecida pela expertise em gestão de saúde, é responsável pela administração da unidade, que conta com cinco equipes de saúde da família e duas equipes de saúde bucal, com estimativa de atendimento a 22 mil pessoas da região, de segunda a sexta-feira, das 7h às 17h.

 
Leandro Barcelos Braga, gerente de projeto da SPDM-RJ, Aline Duarte, gerente administrativa da SPDM RJ, Eduardo Paes, prefeito do Município do Rio de Janeiro, e Claudia Nastari de Paula, representante da Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro
   

Humanização no Hospital São Paulo/SPDM: Projeto Toque de Beleza

Entrar numa das enfermarias do Hospital São Paulo numa manhã de segunda-feira pode ser uma grata surpresa. Nesse dia da semana, além da visita de familiares, os pacientes recebem os cuidados de profissionais da Associação Paulista do Projeto Ampliar – ONG que oferece programas de educação e formação profissional para adolescentes carentes – e da Payot – Centro Avançado de Estética e Formação Profissional, parceiros da instituição no Projeto Toque de Beleza. Por alguns momentos, eles esquecem que estão num leito de hospital e, no lugar da equipe de enfermagem, são cuidados e acarinhados por cabeleireiros, manicures e esteticistas. Fazem parte do “tratamento” cortes de cabelo, barba, manicure, hidratação de pele, penteado e maquiagem. E tudo pelo bem-estar e pelo aumento da autoestima desses pacientes.

O Toque de Beleza, que faz parte do programa de humanização do Hospital São Paulo/SPDM, foi criado em 2005, com o objetivo de minimizar o estresse do ambiente hospitalar e resgatar a autoestima dos pacientes. No princípio, tinha como público-alvo pacientes internados há mais de 15 dias, mas, devido ao sucesso e ao aumento da procura, hoje atende todos os pacientes e até seus acompanhantes. “Uma das áreas em que esse trabalho faz mais sucesso é na obstetrícia, inclusive porque muitas gestantes passam grande parte do período de gestação internadas”, conta a assistente social Marilda Isola.

As visitas, que acontecem regularmente duas vezes por mês, também ajudam a mudar a rotina dos pacientes, amenizando o estresse da internação. Segundo outra assistente social, Marilda Marola, nesses momentos o paciente se esquece um pouco de sua condição e desvia o foco da doença, por meio da vaidade. Ela cita o caso de uma paciente dependente de oxigênio em período integral, que conseguiu ficar sem a máscara para fazer maquiagem. “Após o atendimento, é nítida a melhora do estado de ânimo dos pacientes.”
 
   

Hospital de Transplantes/SPDM é o único público não universitário que realiza cirurgia para estimular o cérebro de pacientes com Parkinson, por meio de descargas elétricas

Uma neurocirurgia extremamente complexa e sofisticada que estimula o cérebro de portadores de Parkinson por meio de descargas elétricas é feita no Hospital de Transplantes, pelo SUS. Trata-se de um procedimento que consiste em colocar eletrodos em regiões profundas do cérebro para reduzir sintomas como rigidez e tremor, altamente incapacitantes.

A estimulação cerebral profunda é um procedimento minimamente invasivo. A cirurgia é complexa, mas com agressão mínima e risco baixo – cerca de 0,5%. Um eletrodo é colocado no local afetado, com o auxílio de um equipamento de estereotaxia, e inativa a região do cérebro que provoca os sintomas da doença, preservando a região afetada. Em caso de problema, é só desligar o eletrodo. “Portanto, a cirurgia é mais eficiente, minimamente invasiva, totalmente reversível e pode ser customizada de acordo com cada paciente”, explica o dr. Arthur Cukiert, coordenador do Serviço de Neurologia e Neurocirurgia do Hospital de Transplantes. Segundo ele, o procedimento é realizado com o paciente acordado, para que o cirurgião tenha condições de verificar o tremor, que cessa imediatamente após a colocação do eletrodo. “É como desligar o interruptor.”

Essa cirurgia é indicada apenas para os pacientes que não toleram a medicação ou quando a medicação não controla mais os sintomas, já que 80% dos pacientes respondem bem à medicação em dose baixa. Com o procedimento, é possível reduzir em até 50% a medicação.

Aumento da incidência
O Parkinson é uma doença debilitante, degenerativa e de evolução lenta, que afeta 1% de toda a população com mais de 50 anos. “Com o aumento da expectativa de vida da população, o número de portadores da doença só tende a crescer, agravando o problema social, com grande impacto na vida do paciente, da família, da comunidade e da sociedade em geral, como todas as doenças degenerativas”, destaca o dr. Cukiert.

Como a cirurgia é muito complexa e existe falta de profissionais capacitados para operar – há estados brasileiros que não têm em seu histórico um caso dessa cirurgia –, recentemente o Hospital de Transplantes realizou um curso com o objetivo de disseminar o método, que contou com a participação de 100 profissionais de todo o país.

   

SPDM dá início às atividades do Hospital e Maternidade Municipal dr. Odelmo Leão Carneiro, em Uberlândia

No primeiro dia útil de janeiro de 2011, o Hospital e Maternidade Municipal dr. Odelmo Leão Carneiro, gerenciado pela Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM) em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Uberlândia, foi aberto oficialmente ao público, com a internação do primeiro paciente. Segundo o dr. Nacime Salomão Mansur, superintendente das Unidades Afiliadas da SPDM, a Secretaria de Saúde da municipalidade está coordenando o trabalho de integração da nova unidade. “O hospital trabalha integrado ao sistema primário de saúde, particularmente junto às Unidades de Atendimento Integrado (UAI), construindo um sistema hierarquizado.”

O dr. Odelmo Leão Carneiro é um hospital geral de média complexidade, com 258 leitos e capacidade para 900 saídas por mês. Além de Pronto-Socorro e Maternidade, também atende especialidades clínicas e cirúrgicas. Construído na região sul da cidade, em uma área de 55 mil metros quadrados, o hospital está em uma posição estratégica de fácil acesso às oito Unidades de Atendimento Integrado (UAI), com tempo médico de transporte de 13 minutos. São 20 mil metros quadrados de construção, com 258 leitos, divididos em UTI Adulto e Neonatal, Berçário, Maternidade, Pediatria e Internação.
 
Dr. Gladstone Rodrigues da Cunha, secretário Municipal de Saúde de Uberlândia, dr. Nacime Salomão Mansur, superintendente da Rede de Hospitais Afiliados da SPDM, e Odelmo Leão, prefeito de Uberlândia
   

Hospital São Paulo/SPDM no LIDE

O Hospital São Paulo/SPDM é o mais novo membro do LIDE, movimento que reúne empresários e dirigentes de corporações nas mais diversas áreas com o objetivo de estimular a discussão dos princípios de governança corporativa, comportamento ético, respeito ao ser humano e ao meio ambiente e o compromisso com o desenvolvimento econômico. No grupo, o HSP se diferencia de seus pares por se tratar da única instituição de serviços de saúde com perfil de atendimento predominantemente SUS.

Formado por líderes empresariais de corporações nacionais e internacionais, o LIDE promove a integração entre empresas, organizações e entidades privadas, por meio de programas de debates, fóruns de negócio, atividades de conteúdo e iniciativas de apoio à sustentabilidade e à responsabilidade social. A instituição reúne lideranças que acreditam no fortalecimento da livre-iniciativa no Brasil.
   

Hospital Municipal Pimentas Bonsucesso/SPDM inaugura três novas alas

No final de 2010, foram entregues à população três novas alas do Hospital Municipal Pimentas Bonsucesso (HMPB) – o Centro Cirúrgico, a UTI Cirúrgica e a Unidade de Psiquiatria.

A inauguração do Centro Cirúrgico, com quatro salas, torna o HMPB referência para os casos de politraumatismo da região, com suporte de cirurgia ortopédica, cirurgia geral e neurocirurgia, bem como UTI Cirúrgica com oito leitos. O centro realizará também cirurgias ambulatoriais, dando suporte à rede de saúde de Guarulhos.

Já a Unidade de Psiquiatria do HMPB oferece oito leitos para internação e cinco leitos de hospital-dia, construídos segundo a mais moderna concepção de humanização e segurança dos pacientes, que terão acompanhamento de equipe multidisciplinar.

O Pimentas Bonsucesso é um hospital geral, atualmente com 125 leitos, que oferece assistência de urgência e emergência a cerca de 500 mil habitantes da região, uma média de 15 mil atendimentos mensais.
 
   

Hospital São Paulo/SPDM em destaque no anuário Análise Gestão Ambiental

O hospital aparece com destaque na edição 2010/2011 do anuário Análise Gestão Ambiental, entre as empresas de saúde que desenvolvem iniciativas de gestão ambiental, com o objetivo de minimizar os efeitos decorrentes de sua atividade econômica e preservar o meio ambiente.

O anuário Análise Gestão Ambiental, publicado pela Análise Editorial, promove um levantamento profundo feito com as maiores companhias em atividade no Brasil, traçando um diagnóstico sobre a relação entre a iniciativa privada e o meio ambiente.
 
www.analise.com
(págs. 156, 158 e 160)
 
   

Transplante de córnea a laser totalmente gratuito, no Hospital São Paulo/SPDM

O ambulatório de oftalmologia do Hospital São Paulo/SPDM é a primeira instituição pública que oferece transplante de córnea a laser totalmente gratuito, pelo SUS. A introdução do laser de femtosegundo na realização de transplantes de córnea representa um grande avanço, com maior segurança e qualidade da cirurgia.

A córnea é a parte transparente, no olho, que está na frente da íris (cor do olho), semelhante ao vidro de um relógio. Quando essa parte do olho perde a transparência, devido a doenças ou lesões, é possível corrigir o problema por meio de um transplante de tecido de doador falecido. O transplante de córnea pode corrigir doenças como ceratocone (que altera a curvatura da córnea) e perda da visão causada por traumas, queimaduras químicas, herpes e distrofias, que deixam a visão embaçada.

Segundo a dra. Denise de Freitas, chefe do Departamento de Oftalmologia, qualquer paciente que tenha opacidade de córnea e precise de um transplante é candidato ao procedimento a laser. Como a precisão dos cortes a laser é muito maior do que a dos cortes com lâmina, a coaptação e a cicatrização são melhores. “O corte a laser é tão preciso que a adaptação do tecido doado no olho do receptor é perfeita.”

Como funciona o laser
O laser de femtosegundo é um laser de espectro infravermelho que promove o corte de tecidos por meio de pulso altamente concentrado em energia, de duração ínfima, que separa o tecido sem transmissão de calor ou choque para o tecido adjacente. Milhões de pulsos posicionados no tecido corneano, de forma controlada, podem criar incisões com formas definidas e precisas que promovem melhor ajuste entre a córnea doadora e a receptora, como em um quebra-cabeça. Daí a necessidade de menos pontos, com melhor cicatrização.

Números
O transplante de córnea é o mais bem-sucedido de todos os transplantes de tecidos. Em média, 12 mil transplantes de córnea são feitos por ano no Brasil, a maioria em São Paulo, estado que praticamente zerou a fila de espera. Atualmente, o paciente consegue fazer o transplante no máximo um mês após o início do processo. Só na oftalmologia do Hospital São Paulo, anualmente, são realizados entre 200 e 300 transplantes de córnea, pelo método tradicional.
 
 
 
   

Jantar do bem para o Hospital São Paulo/SPDM - Sucesso absoluto

No dia 21 de dezembro, aconteceu no Buffet França um jantar beneficente em prol do Hospital São Paulo/SPDM. O evento foi um sucesso absoluto, superando todas as expectativas de público, com a presença de 270 pessoas.

Referência de atendimento em saúde a diversas gerações de brasileiros, o Hospital São Paulo tem programas beneficentes que vão desde assistência a recém-nascidos prematuros até a pacientes centenários, passando por programas de apoio a portadores de HIV e aids, prevenção das doenças relacionadas a drogas e alcoolismo, bem como na Amazônia. O hospital também está cada vez mais engajado em programas de prevenção contra a violência e de sustentabilidade social.
   

Aconteceu na SPDM

14/12/2010

Conferência SPDM
Dr. Olímpio J. Nogueira V. Bittar
Tema: “Hospitais de ensino e a política de saúde pública”


A última conferência SPDM de 2010 foi ministrada pelo dr. Olímpio J. Nogueira V. Bittar, assessor do Gabinete da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo e membro da Equipe de Acompanhamento dos Hospitais de Ensino do Estado de São Paulo, que falou sobre a importância dessas instituições no cenário da política de saúde pública no Brasil. O evento contou com apresentação do dr. Rubens Belfort Jr., presidente da SPDM, e abertura do dr. José Osmar Medina de Abreu Pestana, diretor do Programa de Transplantes da SPDM.

O dr. Rubens Belfort Jr. saudou os presentes com um breve histórico das conferências da SPDM. Sobre o tema, lembrou que foi ideia do dr. Luiz Roberto Barradas gradativamente liderar o desenvolvimento de uma rede de hospitais de ensino vinculados à Secretaria de Saúde de São Paulo, com ênfase na saúde pública.

Segundo o dr. Medina, responsável pela abertura do evento, os hospitais universitários têm uma capacidade de liderar as ações políticas na área da saúde e também de participar ativamente da ação da assistência dentro de sua comunidade. Devem alinhar ensino com pesquisa e assistência à população. “E isso é exatamente o que fazemos na Unifesp e na SPDM. Temos uma universidade, um hospital universitário e uma série de hospitais que atuam em parceria, os hospitais comunitários, como os da rede afiliada da SPDM, onde alunos e residentes estagiam”, disse Medina, completando que a ideia é fazer com que a rede universitária de saúde tenha uma participação maior na definição de políticas e também na assistência à saúde da comunidade.

O dr. Bittar explicou que o movimento para certificação dos hospitais de ensino teve início em 2004, com imediata adesão das secretarias de Educação e Saúde do Estado de São Paulo. Dois anos depois, o dr. Barradas achou por bem montar uma assessoria para acompanhamento dos hospitais de ensino. “Daí, dá para perceber a importância que ele dava para esses hospitais de ensino.”

Os hospitais de ensino podem ser definidos como hospitais que, além de prestar assistência à saúde da população, desenvolvem atividade de capacitação de recursos humanos, ensino e pesquisa. Só o estado de São Paulo tem 41 hospitais de ensino – gerais ou especializados, vinculados a universidades, faculdades ou ao SUS. Segundo o palestrante, essas 41 instituições representam 6,6% da rede SUS de todo o país, o que equivale a 21% dos leitos e a 42,2% dos leitos de UTI. Além disso, fazem 18% dos atendimentos de alta complexidade (72% dos transplantes, entre outros) e 53% dos atendimentos especializados. “Os 41 hospitais de ensino do estado de São Paulo têm um papel muito maior que as 154 unidades de todo o país juntas. Essa importante rede de hospitais de ensino, potenciais Sistemas Acadêmicos de Saúde, aliada ao SUS, responderá pela formulação de políticas de saúde num futuro próximo”, concluiu.

 
Dr. Rubens Belfort Jr., presidente da SPDM
Dr. José Osmar Medina de Abreu Pestana, coordenador do Comitê de Ética em Pesquisa da Unifesp/EPM/HSP
Dr. Olímpio J. Nogueira V. Bittar, Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo
Dr. Flávio Faloppa, presidente do Conselho Gestor
Hospital São Paulo/HU
Dr. Arnaldo Lopes Colombo, pró-reitor de Pós-Graduação e Pesquisa – Unifesp
Dr. Reinaldo Salomão, coordenador do Comitê de Ensino e Pesquisa do Hospital São Paulo
 

Anote na sua agenda

22/02/2011

Conferência SPDM
Profa. Ana Nemi
Tema: "Hospital São Paulo/SPDM/Escola Paulista: histórias de gente e gestão"


Hora: 10h
Onde: Anfiteatro do Hospital São Paulo
Rua Napoleão de Barros, 715 – 15º andar – Vila Clementino

 
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