O câncer de mama é uma das doenças mais comuns entre mulheres no Brasil e em todo o mundo. A detecção precoce é crucial, pois pode aumentar significativamente as chances de tratamento bem-sucedido e cura. Descobrir o câncer de mama no início, por meio de exames preventivos, é essencial para o sucesso do tratamento. Neste post, entenderemos esses pontos e exploraremos a relevância da mamografia, as diretrizes do SUS para os exames e a necessidade de exames precoces para pessoas com histórico familiar da doença em pessoas mais jovens.
O papel da mamografia na detecção precoce
A mamografia é um exame de raio-X criado especificamente para detectar alterações nas mamas. De acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia, mulheres a partir dos 40 anos devem realizar mamografias todos os anos, como forma de prevenção. Este exame é considerado o padrão-ouro na detecção precoce do câncer de mama, permitindo a identificação de tumores em estágios iniciais, quando as chances de tratamento são muito maiores. A mamografia não só ajuda na detecção do câncer como também pode diminuir a mortalidade pela doença.
Mamografia no SUS: como detectar o câncer de mama no início
No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) recomenda a realização de mamografias a cada dois anos para mulheres na faixa etária de 50 a 69 anos, mas, muitas vezes, elas enfrentam dificuldades de acesso ou demora no atendimento. Tanto as filas como a limitação de exames disponíveis podem ser obstáculos importantes.
De acordo com dados do DataSUS, presentes na plataforma Panorama do Câncer de Mama, em 2022, a cobertura nacional de mamografias foi somente de 21% no país. Para se ter uma ideia, a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda uma cobertura de pelo menos 70%.
Histórico familiar: exames preventivos para mulheres jovens
Mulheres com histórico familiar de câncer de mama, especialmente em parentes de primeiro grau, têm um risco elevado. O risco aumenta ainda mais se nesse histórico houver pessoas que tiveram câncer de mama em idades mais jovens. Nesse caso, é recomendado que elas comecem a realizar exames antes dos 40 anos.
Além da mamografia, a ressonância magnética pode ser um exame adicional importante para essas mulheres, pois proporciona uma visão mais detalhada das mamas. A identificação precoce e a vigilância são fundamentais para essas pacientes.
Estratégias para a prevenção e promoção da saúde
A prevenção do câncer de mama vai além da mamografia. Um estilo de vida saudável, que inclui atividade física regular, alimentação balanceada e redução do consumo de álcool, pode ajudar a diminuir o risco. É muito necessário também destacar que embora o autoexame das mamas seja importante, ele não substitui os exames clínicos. Em termos de saúde pública, campanhas de conscientização, como o Outubro Rosa, são essenciais para promover a importância da saúde mamária e a detecção precoce.
Mitos e Verdades sobre o Câncer de Mama
Sendo uma das doenças mais temidas pelas mulheres, muitos mitos cercam essa condição, o que pode causar desinformação e pânico desnecessário. Vamos desmistificar algumas crenças populares sobre o câncer de mama e entender o que realmente é verdade.
Mito 1: Apenas mulheres com histórico familiar têm risco de desenvolver câncer de mama.
Embora o histórico familiar aumente o risco, a maioria dos casos de câncer de mama ocorre em mulheres sem antecedentes familiares da doença. Na verdade, cerca de 85% das mulheres diagnosticadas com câncer de mama não têm parentes próximos que tiveram a doença. O histórico familiar é apenas um dos vários fatores de risco que devem ser considerados. Outros fatores incluem idade, exposição a hormônios e estilo de vida.
Mito 2: Homens não podem ter câncer de mama
Embora o câncer de mama seja muito mais comum em mulheres cisgêneras, os homens também podem desenvolver a doença, embora em uma proporção significativamente menor. Cerca de 1% dos casos de câncer de mama são diagnosticados em homens. Além disso, mulheres trans e homens trans também podem desenvolver a doença, embora faltem dados sobre o grau de incidência da doença nessas populações.
Mito 3: O uso de desodorantes ou sutiãs com arame pode causar câncer de mama
Não há evidências científicas que comprovem que o uso de desodorantes ou sutiãs com arame aumente o risco de câncer de mama. Esses mitos surgiram de teorias de que o desodorante poderia obstruir os linfonodos e impedir a eliminação de toxinas, mas isso foi desmentido por pesquisas. O câncer de mama está relacionado principalmente a fatores genéticos e hormonais.
Mito 4: Se eu não sentir nenhum caroço, não preciso me preocupar
Nem todo câncer de mama apresenta caroços palpáveis no início. Alguns tipos de câncer, como o carcinoma ductal in situ, podem não causar sintomas perceptíveis. É por isso que a mamografia regular é tão importante, especialmente para mulheres acima de 40 anos, pois pode detectar tumores ainda em estágio inicial, antes que se tornem palpáveis ou visíveis.
Mito 5: O autoexame substitui a mamografia
Embora o autoexame seja uma ferramenta útil para que as mulheres conheçam melhor seu corpo, ele não substitui exames clínicos e a mamografia. A mamografia é capaz de identificar tumores antes de serem detectáveis pelo toque. O autoexame é complementar, mas o acompanhamento médico e a realização de exames de imagem são fundamentais.
Conclusão: A importância da prevenção contínua
A detecção do câncer de mama no início é um fator crucial para o sucesso do tratamento. É vital que todas as mulheres, especialmente aquelas em grupos de risco, realizem mamografias regularmente e busquem informações sobre sua saúde mamária. Além disso, políticas públicas que ampliem o acesso aos exames são essenciais para garantir que todas as mulheres tenham a oportunidade de se cuidar e de prevenir essa doença.
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