Fertilidade após os 45 anos

Sim, é possível engravidar após os 45 anos, embora com mais dificuldades.

Com o passar dos anos, a quantidade e qualidade dos óvulos diminuem naturalmente.

Ainda assim, com orientação médica adequada, algumas mulheres conseguem realizar esse desejo.

Por isso, uma avaliação médica completa é essencial antes de iniciar qualquer tentativa.

Apesar dos desafios, existem alternativas seguras e caminhos viáveis para quem sonha em ser mãe nessa fase da vida.

Por que a fertilidade diminui com o tempo? 

Com o passar dos anos, o corpo feminino passa por transformações que impactam diretamente a fertilidade.

Entender esses fatores é essencial para quem deseja engravidar após os 45 anos.

1 – Queda da reserva ovariana

  • Ao longo da vida, a mulher perde naturalmente seus óvulos, mesmo sem engravidar.
  • A partir dos 35 anos, essa perda se intensifica de forma acelerada.
  • Com menos óvulos disponíveis, as chances de concepção diminuem consideravelmente.

2 -Qualidade dos óvulos

  • Além da quantidade, a qualidade dos óvulos também se reduz com o tempo.
  • Isso aumenta os riscos de alterações genéticas e dificuldades na fecundação.
  • Óvulos mais velhos têm menos capacidade de gerar embriões saudáveis.

3 – Fatores hormonais e genéticos

  • Desequilíbrios hormonais afetam diretamente o ciclo menstrual e a ovulação.
  • Com o passar da idade, os óvulos levam a mais alterações cromossômicas.
  • Esses fatores combinados dificultam a concepção de forma natural.

4 – Doenças crônicas

  • Condições como diabetes, hipertensão e problemas na tireoide interferem na fertilidade.
  • Essas doenças afetam a ovulação e a saúde do útero.
  • O acompanhamento médico é fundamental para controlar esses quadros.

5 – Menopausa como limite biológico

  • A menopausa marca o fim natural da fase reprodutiva da mulher.
  • Geralmente ocorre entre os 45 e 55 anos, mas pode vir antes.
  • Após essa fase, a gestação natural se torna praticamente impossível.

Mesmo com os desafios, conhecer os limites do corpo ajuda a tomar decisões mais conscientes.

 Leia mais: Miomas e infertilidade

Opções para quem deseja engravidar após os 45 

Após os 45 anos, as chances de uma gravidez natural são baixas, mas a medicina reprodutiva oferece alternativas eficazes.

Fertilização in vitro, ovodoação e tratamentos hormonais são caminhos viáveis com o devido acompanhamento médico.

Além disso, manter um estilo de vida saudável pode aumentar as chances de sucesso nos tratamentos.

Entenda os benefícios de cada opção 

 

Opção O que é ? Pontos importantes
Fertilização in vitro (FIV) Técnica em que o óvulo é fecundado fora do corpo e depois implantado no útero. Pode exigir mais de uma tentativa. Maior sucesso com óvulos doados.
Óvulo de doadora Uso de óvulos doados por mulheres mais jovens, fertilizados e implantados. Aumenta muito as chances de gravidez saudável. O Processo é legal e regulamentado no Brasil.
Tratamento hormonal Uso de hormônios para estimular a ovulação ou preparar o corpo para a gravidez. Individualizado. Necessário controle rigoroso por médicos especialistas.
Acompanhamento médico Consultas regulares com ginecologistas e especialistas em reprodução humana. Garante segurança, adaptações no tratamento e monitoramento contínuo. Melhora a gestão da saúde do corpo.
Estilo de vida saudável Alimentação equilibrada, sono adequado, exercícios e abandono de hábitos prejudiciais Melhora a saúde geral, reduz estresse e ajuda na resposta aos estímulos hormonais.

Entenda como funciona o programa de óvulo de doadora: Um dos mais importantes caminhos para a maternidade em qualquer fase da vida

1 – O que é o programa de óvulo de doadora?


A doação de óvulos é um tratamento de fertilização em que uma mulher recebe óvulos de uma doadora, geralmente mais jovem, para aumentar suas chances de engravidar.

Esses óvulos são fecundados em laboratório com o sêmen do parceiro ou de um doador, e os embriões formados são transferidos para o útero da receptora.

É uma alternativa recomendada quando a mulher não produz mais óvulos viáveis ou quando deseja aumentar as chances de sucesso da gestação, especialmente em idade mais avançada.

2 – Como é feita a seleção das doadoras?


As doadoras passam por uma triagem médica e psicológica rigorosa, garantindo que estejam em perfeita saúde física e emocional.

A maioria tem entre 18 e 37 anos, com histórico genético favorável e sem doenças hereditárias.

A identidade da doadora é protegida por sigilo, conforme determina a resolução brasileira.

3 – Efetividade e segurança do tratamento


A doação de óvulos é considerada um dos métodos de reprodução assistida mais eficazes e seguros, especialmente para mulheres com mais de 45 anos.

As taxas de sucesso podem chegar a 60% por tentativa, dependendo de fatores como idade da receptora e qualidade do embrião.

Todo o processo é realizado com acompanhamento médico especializado e dentro das normas estabelecidas pelos órgãos reguladores.

A doação de óvulos  é uma oportunidade real e segura para quem deseja ser mãe, mesmo em fases mais avançadas da vida.

Com acolhimento e apoio médico, é possível viver a maternidade com plenitude e esperança.

Fertilização in vitro após os 45 anos: sonho possível com apoio e cuidado

Avanços da medicina reprodutiva

  • A fertilização in vitro (FIV) tornou-se uma alternativa real para mulheres com mais de 45 anos.
  • Tecnologias modernas permitem analisar a qualidade dos embriões antes da implantação, aumentando as chances de sucesso.
  • O uso de óvulos doados é uma opção segura e eficaz que potencializa os resultados da FIV nessa faixa etária.

Leia mais: Infertilidade do homem: Azoospermia

Limites e riscos do procedimento

  • A FIV com óvulos próprios após os 45 anos têm taxas de sucesso bastante baixas.
  • Há maior risco de complicações gestacionais, como hipertensão e diabetes.
  • Cada caso deve ser avaliado individualmente, considerando a saúde geral da mulher e os cuidados necessários para garantir a  segurança.

Importância do suporte emocional

  • O processo pode ser emocionalmente desafiador e exigir resiliência.
  • Acompanhamento psicológico ajuda a lidar com frustrações, ansiedade e expectativas.
  • Ter uma rede de apoio sólida faz toda a diferença durante o tratamento.

Apesar dos desafios, a FIV continua sendo uma possibilidade concreta para mulheres que desejam a maternidade com consciência, preparo e acolhimento.
Com orientação médica adequada, é possível transformar esse desejo em realidade.

Cuidado integral à saúde da mulher em todas as fases da vida

A SPDM é referência nacional em saúde pública e oferece cuidado integral à saúde da mulher em todas as fases da vida.

Nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e ambulatórios que gerencia, garante acesso a consultas, exames, planejamento familiar e orientação reprodutiva.

Com profissionais especializados e atendimento humanizado, promove acolhimento, prevenção e informação.

Mulheres encontram suporte real para cuidar do corpo, da mente e das decisões sobre o próprio futuro.

Procure uma unidade gerenciada pela SPDM e receba o cuidado que você merece.

Seu corpo ainda merece ser ouvido

A decisão de tentar engravidar após os 45 é profundamente pessoal.

Com informação, apoio médico e autoconhecimento, é possível trilhar esse caminho com mais segurança.

Não se trata apenas de fertilidade, mas de escolhas conscientes e saudáveis.

Cada corpo tem seu tempo, e ele deve ser respeitado com carinho e atenção.Ouvir seu corpo é o primeiro passo para cuidar verdadeiramente de você.

Perguntas frequentes 

Existe risco para o bebê em uma gestação após os 45 anos?

Sim, há maiores chances de complicações genéticas.
Por isso, o pré-natal precisa ser ainda mais rigoroso.
Com bons cuidados, muitos riscos podem ser minimizados.

É possível menstruar e ainda assim não ovular? 

Sim, a menstruação não garante ovulação regular.
Isso é comum após os 40 anos.
Exames médicos ajudam a identificar esse quadro.

Quais exames são indicados antes de tentar engravidar nessa idade?  

Exames hormonais e de imagem são fundamentais.
Eles avaliam a reserva ovariana e saúde uterina.
A partir disso, o médico define os próximos passos.

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PROF. DR. RENATO FRAIETTA – Professor Adjunto Livre-docente, Vice-Chefe da Disciplina de Urologia e Coordenador do Setor Integrado de Reprodução Humana da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP); Coordenador da Câmara Técnica de Reprodução Humana e Técnicas de Reprodução Assistida do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (CREMESP)

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