Setembro é um mês de reflexão e mobilização em todo o Brasil. Desde 2013, o Setembro Amarelo é reconhecido como a principal campanha de conscientização sobre a prevenção do suicídio, promovida pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) em parceria com o Conselho Federal de Medicina. Em 2025, assim como no ano anterior, o tema permanece atual e necessário: “Se precisar, peça ajuda”.
A SPDM apoia e reforça essa iniciativa, trazendo informações que podem ajudar a reconhecer sinais de alerta e indicar os caminhos de acolhimento e atendimento disponíveis à população.
Por que falar sobre prevenção ao suicídio?
O suicídio é um problema de saúde pública que impacta não apenas quem sofre, mas também familiares, amigos e toda a sociedade. Estima-se que, todos os anos, milhares de pessoas perdem a vida dessa forma, e muitos desses casos poderiam ser prevenidos com apoio adequado.
Falar sobre o tema, com sensibilidade e responsabilidade, é um passo essencial para quebrar estigmas, incentivar a procura por ajuda e fortalecer redes de cuidado.
Sinais de Risco e Dados Relevantes
É compreensível ter momentos difíceis; o que importa é não passar por isso sozinho(a).
Alguns sinais, quando aparecem juntos ou persistem, merecem atenção e acolhimento: isolamento, perda de interesse pelo que antes dava prazer, mudanças bruscas de humor, falas de desesperança (“não vejo saída”, “queria desaparecer”) e comportamentos de risco como automutilação ou uso abusivo de álcool e outras substâncias. Esses sinais são apontados nas diretrizes e boletins do Ministério da Saúde e refletem que o cuidado precisa ser imediato e sem julgamento. Ouvir, acolher e encaminhar para avaliação profissional pode salvar vidas.
Dados Nacionais
No Brasil, em 2021 foram registrados 15.507 óbitos por suicídio; 77,8% ocorreram entre homens. Entre 15–19 anos, o suicídio foi a 3ª causa de morte; entre 20–29 anos, a 4ª. Esses números ajudam a dimensionar a urgência do cuidado especialmente para adolescentes e adultos jovens e reforçam que buscar ajuda cedo faz diferença.
A literatura de saúde pública também lembra que, para cada morte por suicídio, há em média até 20 tentativas, o que amplia a responsabilidade de todos nós em reconhecer sinais, abrir espaço para conversa e facilitar o acesso a serviços. Essa razão é citada nos materiais do Ministério da Saúde e está alinhada às estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Onde buscar ajuda
Atendimento contínuo:
- UBS (Unidade Básica de Saúde): porta de entrada para acompanhamento inicial, encaminhamentos e orientações.
Situações de emergência:
- UPA (Unidade de Pronto Atendimento): disponível para crises agudas e atendimento imediato.
- SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – 192): deve ser acionado em casos de urgência. Tudo que envolve risco de suicídio deve ser tratado como uma emergência médica.
O compromisso da SPDM
Com mais de 90 anos de atuação, a SPDM – Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina mantém seu compromisso com a promoção da saúde integral e com a valorização da vida. Nossas equipes atuam de forma humanizada, com foco no acolhimento e na construção de caminhos para o cuidado em saúde mental.
Neste Setembro Amarelo, reforçamos que pedir ajuda não é sinal de fraqueza, mas de coragem e de autocuidado. Apoiar quem sofre é responsabilidade de todos nós.
Se precisar, peça ajuda. SPDM – Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina
Acesse mais informações em nosso site: spdm.org.br
Fontes Consultadas: :
- Campanha Setembro Amarelo – O Setembro Amarelo é a campanha de prevenção ao suicídio da Associação Brasileira de Psiquiatria – ABP, criada em 2013, em parceria com o Conselho Federal de Medicina – CFM.
https://www.abp.org.br/setembro-amarelo
Prevenção do Suicídio – Um recurso para conselheiros (OMS)
https://www.saude.df.gov.br/documents/37101/183291/OMS-Manual-de-preven%C3%A7%C3%A3o-do-suic%C3%ADdio-para-conselheiros.pdf/809e493d-291f-f716-2a61-e7135ddb3b40?t=1648938692609
Boletim Epidemiológico – Panorama dos suicídios e lesões autoprovocadas no Brasil de 2010 a 2021
https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/boletins/epidemiologicos/edicoes/2024/boletim-epidemiologico-volume-55-no-04.pdf