As altas temperaturas do verão e o clima de praia fazem com que nossa pele fique mais exposta ao sol, umidade, areia e piscinas. Todos esses fatores podem gerar doenças de pele que são comuns durante a estação, mas que são bem incômodas e precisam de tratamento.
Os cuidados com a pele são importantes durante o ano inteiro, mas durante a estação mais quente do ano precisamos redobrar a atenção para evitar surpresas. “Usar um filtro solar adequado diariamente e evitar a exposição ao sol das 10h às 16h são duas dicas importantes para aproveitar o verão de uma forma mais saudável. Mas existem outras medidas que podemos tomar para evitar algumas das dermatoses de verão”, diz Camila Kallaur, dermatologista do Ambulatório Médico de Especialidades (AME) de São José dos Campos.
Veja aqui cinco doenças de pele que são muito comuns no verão e como evitá-las.
Micoses superficiais
“São as infecções fúngicas que acometem a pele, o cabelo e as unhas e caracterizam-se por apresentar vermelhidão, descamação ou coceira. Normalmente aparecem em áreas de dobras, que são regiões mais quentes e que acumulam suor. As mais comuns são a pitiríase versicolor, popularmente conhecida como pano branco, a tinha pedis, que são as famosas frieiras, e a tinea cruris, uma micose que acomete a virilha”, explica a dermatologista.
Um dos principais cuidados é evitar ficar com o corpo suado ou molhado muito tempo, usando, por exemplo, talco ou amido em áreas de dobras. “E sempre que notar algo diferente, procure um dermatologista. Os tratamentos podem ser tópicos e, às vezes, via oral, dependendo da gravidade do caso”, explica Camila.
Bicho geográfico
É uma dermatite linear serpiginosa tropical causada por parasitas encontrados em fezes de gatos e cachorros doentes. A larva das fezes desses animais penetra na pele humana, causando coceira e lesões semelhantes a mapas, por isso o nome bicho geográfico.
Cuide-se evitando levar e frequentar praias com animais domésticos, por exemplo. O tratamento é tópico, feito com cremes, crioterapia ou por via oral.
Acne solar
A acne solar consiste no aparecimento de cistos e pústulas em áreas expostas ao sol. “É mais comum em peles oleosas, com exposição solar exagerada, uso inadequado de filtro solar e/ou óleos bronzeadores”, explica Camila Kallaur. O tratamento é feito com a higienização da pele, adequação de filtro solar e cuidados tópicos. Para os casos mais graves, podem ser recomendados antibióticos orais.
Foliculite
É uma infecção bacteriana do folículo piloso com um quadro clínico semelhante ao de espinhas nas áreas de pelo, principalmente barba e nuca nos homens e axilas e virilha nas mulheres. “Piora com a frequência e o tipo de depilação, falta de hidratação da pele e hábitos como usar roupas muito justas, por exemplo”, lembra a dermatologista. O tratamento pode ser tópico e com algumas mudanças de hábitos, como uma depilação a laser e roupas que não apertem tanto.
Impetigo
É uma infecção causada por bactérias staphylococcus e streptococcus, que geralmente atinge mais as crianças e costuma aparecer na região periorbicular da boca e nariz (o espaço entre o nariz e a boca). “É preciso ter cuidados com a higiene e manter as unhas da criança curtas para que ela não coce”, alerta a especialista. O tratamento é feito com limpeza local e antibióticos tópicos.