Com cerca de 1,5 centímetros de diâmetro e pesando três gramas, essa frutinha vermelha, azedinha e bonitinha com seu formato de sulcos tem seu nome derivado do tupi pi’tãg, que quer dizer vermelho-rubro.
É originária da Mata Atlântica e, sirigaita que é a pitangueira, cresce em diversos tipos de solos e clima. A delicadeza de sua polpa, quando madura, requer cuidados especiais de transporte e armazenagem sendo que, além disso, dura pouco depois de colhida. Por isso é difícil de ser comercializada e seu consumo se dá, na maior parte, em áreas domésticas como quintais e propriedades rurais.
Pode-se dizer, sem risco de exagerar, que essa é uma fruta rica em vitaminas. A cada 100gr de polpa são 635 mg de Vitamina A. Além disso, na sua composição estão presentes vitamina C, cálcio, fósforo e ferro. “Seu poder oxidante é um poderoso aliado dos ossos, ajudando na prevenção da osteoporose”, explica a gerente de Nutrição das Unidades Afiliadas da SPDM, Vanessa Marins Maniezo.
E ainda têm as antocianinas e fenóis, substâncias capazes de prevenir doenças degenerativas e atuantes na proteção das moléculas de DNA contra mutações que podem levar ao câncer. Apresenta ainda propriedades medicinais antivirais, antifúngicas, antitumorais e analgésicas.
Como se não bastasse, a folha da pitangueira é um caso à parte. São usadas em infusão para tratamento de febre, hipertensão e doenças estomacais; por agirem como antioxidantes, anti-inflamatórios, diuréticos, obesidade e calmantes naturais. Elas também ajudam no tratamento de bronquite, reumatismo e doenças de coração.
Mas a mania de grandeza da pitanga não pára por aí: é também utilizada na fabricação de banhos de espuma, cremes, géis, loções, shampoos e condicionadores, devido às suas propriedades remineralizantes, hidratantes e suavizantes, advindas da presença de glicídios, sais minerais, proteínas e vitaminas presentes da fruta.
Por isso, encerramos o texto da mesma forma que o começamos: bendita pitanga!