O inhame não é primo da batata, nem parente da beterraba. Muitas vezes é confundido com o cará. O inhame é, na verdade, um rizoma, um caule modificado que leva água e nutrientes para a planta e cresce com a água que a planta não utiliza.
É uma planta bastante resistente, que precisa apenas de sol, calor e umidade para crescer – e cresce no Brasil todo, com suas folhas em forma de coração. O tubérculo em si é uma reserva de energia debaixo da terra: são os rizomas redondos, ricos em carboidratos, sais minerais e vitaminas.
É um alimento rico em carboidrato, cheio de cálcio, ferro – tem tanto ferro na sua composição que é muito indicado para o tratamento da anemia! –, fósforo, além de ter vitaminas do complexo B, especialmente vitamina B1, importante no crescimento das crianças, e vitamina B5, que auxilia o sistema imunológico. Tem ainda fibra, que favorece o funcionamento do intestino, e é rico em hormônio, que pode amenizar os sintomas da menopausa em mulheres.
“O inhame é uma ótima fonte de potássio e fósforo. Auxilia na prevenção de doenças como a osteoporose, artrite e cálculos renais”, explica a gerente de Nutrição das Unidades Afiliadas da SPDM, Vanessa Marins Maniezo.
Esse vegetal figura no rol dos alimentos funcionais, pois além de tudo conta com um fito-hormônio chamado diosgenina, usado pela indústria farmacêutica em tratamento alternativo para diminuição dos sintomas da menopausa.
Além disso, esse pequeno tubérculo redondinho e peludo fortalece os ossos, atua como antibiótico, facilita a digestão e evita problemas no aparelho digestivo. Como tem uma função de contribuir com o sistema imunológico, ajuda no combate a gripes, cansaço físico e doenças infecciosas.
”A melhor maneira de consumi-los é cozido. Mas não esqueça, não deixe cozinhar demais para não ocorrer perdas significativas de nutrientes e vitaminas”, ensina Vanessa.
Atenção, inhame não é remédio para dengue
O inhame é um alimento, que tem nutrientes que ajudam o organismo a se manter saudável. Seu consumo constante pode colaborar na prevenção de doenças, mas não há nenhum estudo que indique que o inhame pode ser usado no tratamento da dengue.
“Não existe nenhum amparo científico que mostre que o consumo do inhame cure, ou ao menos tenha uma participação efetiva na cura da dengue”, alerta a nutricionista.
Aproveite os poderes nutritivos do inhame, e use-o em receitas gostosas, tendo em mente que ele atua sim na melhora do sistema imunológico, mas se você tiver sintomas da dengue (tais como febre acima de 38 graus, dores no corpo, na cabeça e nos olhos, além de desânimo e cansaço), procure um médico.