Dia Nacional da Acessibilidade destaca a força da inclusão e as histórias de superação no Centro de Reabilitação Lucy de São José dos Campos

A unidade celebra diariamente o poder transformador da reabilitação, evidenciado por histórias marcantes como a de Andreza, paciente que encontrou no atendimento integral e no Coral Eco da Superação caminhos para autonomia, cura e pertencimento

No dia 5 de dezembro, é celebrado o Dia Nacional da Acessibilidade, e o Centro de Reabilitação Lucy Montoro de São José dos Campos, gerenciado pela SPDM – Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina, é referência de que a  acessibilidade não é apenas um direito: é prática cotidiana, cuidado integral, escuta ativa e construção conjunta com a autonomia. Diariamente, a unidade celebra não apenas a data, mas as vidas transformadas por meio de iniciativas que ampliam oportunidades e acolhem trajetórias.

“No Centro de Reabilitação Lucy Montoro, oferecemos mais do que programas de reabilitação, nossos pacientes começam aqui uma jornada de superação, resiliência, força e renascimento. Durante o programa de reabilitação, eles têm a oportunidade de recuperar a liberdade, a independência e a alegria de viver. É um recomeço”, declara Nelsina Carmo, Gerente de Enfermagem do Centro de Reabilitação Lucy Montoro de São José dos Campos.

Um dos símbolos mais marcantes desse compromisso é o Coral Eco da Superação, criado pela unidade ao reconhecer o poder terapêutico da música. Mais do que uma atividade cultural, o coral promove expressão emocional, integração social e um profundo sentimento de pertencimento entre os pacientes. Cada ensaio é um exercício de autoestima e de reafirmação de que o poder da reabilitação humanizada pode transformar a vida deles.

Entre tantas histórias dos integrantes do coral, está a de Andreza de Sales, de 44 anos, cuja trajetória se destaca de forma marcante para a unidade. Cadeirante em função das sequelas da Covid-19 e após meses de internação, entre UTI e um AVC, ela descreve a música como sua grande aliada desde o momento mais crítico. Quando ainda estava inconsciente, foi o som de uma canção tocada por uma enfermeira que despertou sua primeira reação. Aquele momento simbolizou o início de sua volta ao mundo.

“Quando finalmente fui encaminhada ao Centro de Reabilitação, cheguei acamada. Sempre digo: “Cheguei um bebê”, e aos poucos fui reaprendendo a rolar na cama, a sentar, a falar e a andar. Como mãe solo, o que mais me doía era imaginar que talvez eu não conseguisse realizar um dos maiores sonhos da minha vida: dançar a valsa com minha filha em sua formatura”, afirma Andreza.

O sonho da paciente foi acolhido pela equipe de fisioterapia, que transformou a meta em parte do seu plano terapêutico. E o que era improvável se tornou real, a valsa aconteceu em casa, entre lágrimas de emoção, mãe e filha abraçadas pelo afeto e pela superação. Com o tempo, a música voltou a ganhar espaço na vida de Andreza por meio do Coral Eco da Superação. Ela, que antes cantava na igreja e havia perdido a habilidade de falar, reencontrou sua voz dentro da unidade. 

No próximo 3 de dezembro, às 12h, na recepção da unidade, Andreza viverá mais um momento marcante. Durante a apresentação do coral, ela fará um solo especial, interpretando justamente a música “Um de nós, do grupo Prisma Brasil” que a despertou do coma. A performance contará com a participação da colaboradora da higienização Maria Angela da Silva Vilela, em uma apresentação feita apenas com voz e acompanhamento no teclado pela fonoaudióloga do centro. Um momento simbólico, sensível e profundamente representativo do espírito da unidade.

“Minha trajetória de superação também passa por algo que sempre fez parte da minha vida profissional. Eu era cabeleireira, mas, com as sequelas, não pude mais exercer minha função. Como também costurava, as terapeutas novamente me ajudaram, criando adaptações para que eu pudesse reaprender. Com tempo, paciência e muito incentivo, recuperei essa habilidade e hoje já tenho uma renda como bordadeira, algo que me devolveu autonomia, autoestima e esperança. Em forma de gratidão ao Centro de Reabilitação Lucy Montoro, bordei o logo da unidade e o entreguei à diretoria no dia do aniversário de 14 anos da instituição”, diz Andreza sobre a diferença que o atendimento da unidade fez em sua vida.

O Dia Nacional da Acessibilidade e o Centro de Reabilitação Lucy Montoro reafirmam que acessibilidade é garantir que cada pessoa tenha a oportunidade de escrever sua própria história. Auxiliando nas habilidades resgatadas com adaptações criadas pela equipe terapêutica da unidade, junto ao cuidado especializado e acolhimento, o resultado vai muito além da reabilitação física: transforma vidas, fortalece sonhos e constrói novos futuros.

Centro de Reabilitação Lucy Montoro de São José dos Campos (CRLM-SJC)

Inaugurado em 17 de setembro de 2011, o CRLM-SJC é referência para os 39 municípios do Departamento Regional de Saúde XVII – DRS Taubaté. Em 14 anos de história, mais de 7 mil pessoas já foram atendidas pela unidade, que ultrapassou a marca de 57.600 consultas médicas e 473.400 consultas não médicas, além da entrega de mais de 17 mil tecnologias assistivas, como cadeiras de rodas, órteses e próteses.

A proposta do centro é promover a autonomia, funcionalidade e qualidade de vida das pessoas com deficiência física, com foco em pacientes com lesões medulares, amputações, paralisia cerebral, traumatismos cranioencefálicos e outras condições que afetam a mobilidade. O atendimento é feito por uma equipe multiprofissional especializada em reabilitação, formada por médicos, fisiatras e acupunturistas, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, psicólogos, nutricionistas, assistentes sociais, educadores físicos e enfermeiros.

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