No dia 06 de julho, aconteceu no Hemocentro do Hospital São Paulo a campanha “Sangue Bom”, organizada pela Agência Rae, MP Comunicação, com a iniciativa de promover doações voluntárias de sangue. A campanha já está no seu 5º ano consecutivo e, pela primeira vez, foi realizada nas acomodações do HSP, contando com a colaboração e o suporte de uma de nossas equipes.
Incentivar doações de sangue tem sido uma questão muito discutida e trabalhada por empresas de diversos ramos, afinal, a responsabilidade social pertence e beneficia a todos. É de suma relevância que a sociedade perceba que o ato da doação não deve ser singular, a ação deve tornar-se constante, de modo que fidelize doadores, dando para o banco de sangue uma expectativa contínua e crescente.
Durante a campanha passaram pelo hemocentro quase 100 pessoas, sendo que cada uma doou de 400 a 450ml de sangue, o que ajudará a muitos pacientes. Contudo, o ideal é que as divulgações permaneçam ativas, mobilizando e instruindo tais atitudes diariamente.
Segundo o Dr. Otávio Baiocchi, chefe da Disciplina de Hematologia e Hemoterapia do Hemocentro da UNIFESP/Hospital São Paulo, e responsável por acompanhar a realização da campanha Sangue Bom, a captação de doadores é um problema crônico e necessita não apenas de ações como essa, mas também de um trabalho conjunto e ininterrupto com o serviço social, os enfermeiros e os médicos de cada hospital, proporcionando o conhecimento do quadro do banco de sangue e suas limitações para familiares e amigos de pacientes internados, além de sensibilizá-los, visto que são a maior fonte de captação.
Um fator que deve ser analisado é a proporção de coletas e transfusões para cada paciente. Por exemplo, um tratamento de leucemia para um jovem de 15 anos durante 6 meses, o prazo mínimo existente, precisaria em média, de 15 transfusões por mês, totalizando 90 bolsas de sangue, o que equivale a um dia de recolhimento.
“É fundamental que as pessoas tenham conhecimento e sejam sensibilizadas, que compareçam ao GRAAC para acompanhar o tratamento de crianças com câncer, por exemplo, porque o ser humano precisa ver e se colocar no lugar. Enquanto o doente está dentro do hospital e o doador saudável não o encontra, não o entende ou não vê o que está acontecendo, é difícil pra assimilar a sua real necessidade”, diz o Dr. Baiocchi.
Não é difícil se tornar um doador, homens e mulheres podem fazê-lo com um intervalo de 2 a 3 meses, contanto que façam os homens, até 4 doações ao ano, e as mulheres, até 3. O que torna o processo de fidelização, ao mesmo tempo, habitual e esporádico. É fundamental ressaltar que o sangue é um bem escasso e limitado, é imprescindível que façamos a sua reposição e que nos empenhemos em contribuir cada vez mais para o abastecimento nos bancos dos hemocentros.
O processo é simples, é necessário comparecer ao hemocentro portando um documento original com foto, fazer o cadastro e responder a um questionário que avalia se alguma situação o torna inapto para a doação. A coleta dura no máximo 10 minutos. Tempo suficiente para salvar uma vida. Entre os critérios básicos é necessário estar num estado saudável, ter entre 16 e 67 anos, pesar no mínimo 50 kg e não estar em jejum ou ter ingerido alimentos gordurosos nas 3 horas que antecedem a coleta.
Agradecemos ao trabalho desempenhado pela Agência Rae, MP e sua missão de levar da melhor forma possível a informação ao próximo. Aqueles que participaram da campanha Sangue Bom poderão retornar ao hemocentro a tempo de prestigiar o dia nacional do doador voluntário de sangue, celebrado em 25 de novembro.
Venha você também e faça parte dos nossos grupos de doadores. Seja um herói, salve vidas!
Endereço: Rua Diogo de Faria, 824 (Esquina com a Rua dos Otonis) – Vila Clementino Telefone: (11) 5576.4240 – Opção 1
Horário de atendimento: de segunda a sexta-feira das 8h às 17h e 30min. E aos sábados das 8h às 13h.
Por Amanda Lima