A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), em conjunto com a American Heart Association (AHA) e o Ministério da Saúde (MS), por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS), reconheceu o Hospital São Paulo – Hospital de ensino da UNIFESP, pelos trabalhos desenvolvidos na área de Qualidade Assistencial em Cardiologia. A congratulação foi recebida no dia 22 de Setembro durante o 74º Congresso Brasileiro de Cardiologia, que ocorreu no Centro de Eventos FIERGS, em Porto Alegre/RS.
A Cardiologia da UNIFESP foi a única, dentre as pertencentes ao Sistema Único de Saúde, a receber a Certificação de Reconhecimento de Qualidade Assistencial em Boas Práticas Clínicas em Cardiologia nos três eixos: Síndrome Coronariana Aguda (SCA), Insuficiência Cardíaca (IC) e Fibrilação Atrial (FA), sendo a Fibrilação Atrial destacada como único centro do Brasil a receber essa Certificação.
O reconhecimento ocorreu após a implementação do programa de Boas Práticas Clínicas em Cardiologia (BPC), adaptado do Get With The Guidelines (GWTG®) da American Heart Association . O objetivo do BPC é avaliar, antes e após a sua implementação, as taxas de adesão às diretrizes assistenciais em instituições do SUS.
“A Cardio UNIFESP foi pioneira nesse projeto desenvolvido durante a nossa gestão da SBC em 2014/5, para implementar institucionalmente um programa de qualidade assistencial de alto nível em hospitais públicos. A Cardiologia da UNIFESP foi a única que conseguiu manter de forma sustentada o padrão ouro nos 3 braços assistenciais e recebeu a premiação Platinum em todos” afirma Angelo de Paola, docente titular da Disciplina de Cardiologia.
“O envolvimento direto da equipe multiprofissional, foi fundamental para desenvolver, atingir e sustentar as melhorias assistenciais avaliadas durante o projeto” , afirma a coordenadora operacional deste projeto na UNIFESP, biomédica Enia Coutinho.
De acordo com o programa de Boas Práticas Clínicas em Cardiologia, estima-se que, em todo o mundo, a subutilização de recursos efetivos afete 30% a 40% dos pacientes e que 20% ou mais dos cuidados prestados são desnecessários e potencialmente prejudiciais. Desta forma, programas de melhoria de qualidade, como o BPC, podem contribuir para o cuidado prestado e promover uma prática assistencial mais eficiente.
Além de Angelo de Paola, estavam presentes, representando a UNIFESP no evento, Dirceu Almeida, Enia Coutinho, Andressa Guerrero e Lívia Timbó.