Nesta segunda-feira, 29, é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Fumo. O objetivo é reforçar as ações nacionais de sensibilização e mobilização da população para os danos causados pelo tabaco. Considerado uma doença pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o tabagismo é a dependência da droga nicotina, presente em cigarro, cigarrilha, charuto, cachimbo, cigarro de palha, fumo de rolo ou narguilé. É o responsável por 85% das mortes por doença pulmonar crônica (bronquite e enfisema), 30% dos óbitos por diversos tipos de câncer (pulmão, boca, laringe, faringe, esôfago), além de boa parte das perdas por doença coronariana (angina e infarto) e por doenças cerebrovasculares (acidente vascular cerebral).
O Brasil vem mudando nas últimas décadas a postura em relação ao tabaco. Em 1989, de acordo com dados da Pesquisa Nacional sobre Saúde e Nutrição, quase 35% da população brasileira com mais de 18 anos se declarava fumante. Atualmente, esse índice é de 9%, segundo levantamento do sistema de Vigilância de Fatores de Risco para Doenças Crônicas Não Transmissíveis, vinculado ao Ministério da Saúde.
Do cigarro tradicional ao eletrônico
O cigarro tradicional tem alcatrão, um composto de mais de 40 substâncias comprovadamente cancerígenas, monóxido de carbono (que dificulta a oxigenação do sangue), nicotina, aromatizantes e uma mistura de mais de 7 mil produtos químicos que são tóxicos e prejudiciais à nossa saúde. Eles funcionam por meio da combustão dessas substâncias. Já os eletrônicos não agem dessa maneira, eles aquecem o líquido de seu reservatório (também chamado de e-líquido) que é então inalado pelo usuário. Assim, por não existir combustão, não há geração de monóxido de carbono. Apesar disso, eles também têm nicotina (por isso também geram dependência) e outras substâncias líquidas como glicerol, glicerina vegetal, propilenoglicol e aromatizantes alimentares.
O cigarro eletrônico foi desenvolvido com o argumento de que serviria para reduzir os danos, para ajudar as pessoas a pararem de fumar. Mas até agora a ciência não se convenceu disso.