Adam Jones (Bradley Cooper) é um chef de cozinha muito talentoso. Seu restaurante em Paris fazia muito sucesso e seu trabalho foi reconhecido pela crítica, que o consagrou com duas estrelas no Guia Michelin, uma das publicações gastronômicas mais importantes do mundo que classifica os estabelecimentos com até três estrelas, o grau máximo.
Adam era como um rockstar problemático: não se preocupava com as consequências de seus atos tresloucados, só se interessava no resultado de seus pratos. Um excêntrico da gastronomia como só um clichê pode ser, ele expunha todos à sua volta ao seu terrível temperamento.
Mas foi seu envolvimento com álcool e drogas que fez com que ele perdesse tudo. Perdeu o restaurante, a credibilidade, os amigos e a autoconfiança. Daí o nome original do filme: Burnt, que quer dizer queimado, no sentido figurado.
Seus excessos levaram sua carreira ladeira abaixo e, após um período de isolamento em Nova Orleans, nos EUA, ele parte para Londres disposto a recomeçar.
Ambicioso, Adam sonha grande: não quer apenas uma segunda chance, quer lutar por tudo: a fama, o reconhecimento e a terceira estrela no badalado guia Michelin de restaurantes.
Para conseguir alcançar seus sonhos, ele precisa da ajuda dos seus sete amigos, todos com seus próprios pecados, loucos por uma oportunidade de mostrar seu valor.
A simbologia do filme é muito interessante, pois mostra o quão danoso é o uso abusivo de drogas e de álcool. Começar a usar é fácil, qualquer pretexto pode justificar o abuso. Perder tudo é, às vezes, mais rápido que um piscar de olhos. Mas a força de vontade e a determinação em lutar por algo em que se acredita são as chaves para combater o vício.
Moral da história? Segundas chances são possíveis. Viver sem drogas e sem álcool também.
Pegando Fogo (Burnt, EUA, 2015), dirigido por John Wells, com Bradley Cooper, Sienna Miller, Daniel Brühl, Emma Thompson, Omar Sy, Matthew Rhys, Uma Thurman, Alicia Vikander, Lily James, Sarah Greene, Sam Keeley.