Claire (vivida por Jennifer Aniston) é uma advogada traumatizada e deprimida, que sofre com dores crônicas que a deixam mal-humorada, ranzinza e egoísta. Viciada em remédios, ela convive com as dores causadas por um acidente que transformou sua vida.
Para tentar superar sua tragédia pessoal, Claire frequenta um grupo de apoio para mulheres em depressão. E é neste grupo que ela descobre o suicídio de Nina (Anna Kendrick), que também era freqüentadora do local.
Obcecada pela história de Nina e tentando entender por que ele tirou a própria vida, Claire começa a investigar a vida dessa mulher que ela mal conhecia e ao mesmo tempo começa a ser “assombrada” pelo fantasma da garota.
Ela conhece então o ex-marido de Nina, que enfrenta a dor de ter perdido a esposa e mãe de seu filho, e os dois desenvolvem em uma relação inesperada, que faz com que suas vidas tomem outros rumos.
Claire vive com dor, e não apenas dor física. Ela vive com a dor da perda, aquela que é difícil de superar, aquela que remédio nenhum consegue aliviar, apenas o tempo. Em certo ponto, ela já não acredita mais na vida, perde o rumo e se entrega completamente à sua dor.
Suicídio, perda, dores físicas e emocionais. Cake leva tudo isso para a tela de uma maneira envolvente. O mistério inicial em torno da vida de Claire, as cicatrizes, as dores, a solidão, faz com que o espectador queira entender o que aconteceu em sua vida e encaixar as peças de um quebra-cabeça.
Eternizada no papel de Rachel, na série “Friends”, Jennifer Aniston foi indicada a três prêmios por sua atuação no filme, incluindo o Globo de Ouro. Em Cake, ela mostra que sabe fazer muito mais do que apenas comédia e traz a tona um outro lado de sua carreira que, até então, ainda não havia sido muito explorado.
Cake – Uma Razão para Viver (Cake, 2014, EUA) dirigido por Daniel Barnz, com Jennifer Aniston, Adriana Barraza, Anna Kendrick, Sam Worthington, Felicity Huffman, Mamie Gummer, William H. Macy, Chris Messina.