No dia 11 de abril, comemora-se o Dia Mundial da Conscientização sobre a Doença de Parkinson. Pensando nisso, o Ambulatório Multidisciplinar Especializado (AME) Idoso Sudeste, unidade da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, gerenciada em parceria com a Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM), promoverá uma campanha para conscientização sobre o tema. O objetivo é discutir alternativas de tratamento com pacientes e seus parentes, abordando as principais perdas de funcionalidade de quem sofre com a doença.
O Parkinson é uma doença neurológica progressiva que atinge o sistema nervoso central, provocando a degeneração de células de uma região do cérebro que produz dopamina. São atendidos de 40 a 60 casos da Doença de Parkinson por mês na unidade.
Profissionais do AME Idoso Sudeste irão prestar esclarecimentos no mês de abril a grupos de pacientes agendados e distribuir folhetos explicativos, com orientações específicas de fonoaudiologia, fisioterapia e musicoterapia, atividades importantes que fazem parte do tratamento não medicamentoso e são realizadas por equipe interdisciplinar multiprofissional.
“A fisioterapia, por exemplo, tem como objetivo proporcionar independência ao idoso nas suas atividades diárias e promover maior qualidade de vida. Já a musicoterapia é uma nova abordagem para a Doença de Parkinson e ajuda a melhorar a marcha, o controle motor, a linguagem e a cognição”, explica Marcia Maiumi Fukujima, diretora do AME.
“A fonoaudiologia terá como estratégia a utilização de técnicas e procedimentos que visam trabalhar as áreas de comunicação, expressão corporal e facial e deglutição” esclarece Eliana Tiemi Hayama, gestora da gerontologia da unidade.
Todo o material da campanha foi elaborado pelos próprios profissionais do Ambulatório, incluindo fonoaudióloga, fisioterapeutas e especialistas em gerontologia e neurologia. A campanha conta ainda com o apoio da Academia Brasileira de Neurologia e da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia.
Parkinson no Brasil e no Mundo
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que cerca de 1% da população mundial acima dos 65 anos é portadora da Doença de Parkinson. No Brasil, o Ministério da Saúde estima que 200 mil pessoas sofram da doença.
“A doença pode afetar qualquer um, mas estatísticas mostram que quanto maior a faixa etária, maior a incidência. Em geral, surge a partir dos 60 anos de idade e a prevalência aumenta a partir dos 70 anos”, afirma a diretora do AME.
Não existe cura para o Parkinson na maioria dos casos, mas quanto antes acontecer o diagnóstico, maiores são as chances de retardar o progresso dos sintomas. Confira abaixo os sintomas da doença, especificados pelo diretor clínico do AME Idoso Sudeste, Eduardo Canteiro Cruz:
– Tremores de repouso (que acontece quando nenhum movimento está sendo executado).
– Rigidez muscular.
– Dificuldade e lentidão em realizar movimentos.
– Comprometimento cognitivo.
– Disfunção do sistema nervoso autônomo, como hipotensão ortostática (tontura ao mudar de posição), alteração da voz, engasgos com tosse ao engolir, constipação intestinal e impotência sexual.
– Transtornos de sono e depressão.
– Alterações sensoriais, como dor e dormência nos membros.