Na última quarta-feira (30), em evento realizado pela Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, 6 Unidades Básica de Saúde (UBSs) gerenciadas pela SPDM/PAIS (Programa de Atenção Integral à Saúde da Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina) receberam o Selo de boas práticas no enfrentamento da sífilis congênita.
O evento ocorreu no Auditório da UNINOVE (Universidade Nove de Julho), e premiou as seguintes unidades com o Selo de Boas Práticas:
- UBS Jardim Grimaldi
- UBS Elisio Teixeira Leite
- UBS Eduardo Romano Reschilian
- UBS City do Jaraguá
- UBS Recanto dos Humildes
- UBS Vila Campestre
A supervisora de Planejamento, Daniele Bucky, representou o setor de Epidemiologia da SPDM/PAIS durante o evento, destacando a importância do trabalho em equipe e das estratégias implementadas nas unidades para a prevenção da sífilis congênita.
A premiação é um reconhecimento das ações realizadas nas UBSs, como as Oficinas de Sífilis e Comissões de Sífilis, desenvolvidas pela Diretoria de Planejamento e Informação em Saúde, que têm contribuído significativamente para a capacitação e eficácia das ações nas unidades.
Sífilis e a Sífilis Congênita
Sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST), de evolução crônica, causada pela bactéria Treponema pallidum. A doença é curável, e se não tratada pode evoluir para formas mais graves ao longo de muitos anos, podendo comprometer especialmente os sistemas nervoso e cardiovascular.
Já a sífilis congênita é a doença transmitida da mãe com sífilis não tratada ou tratada de forma inadequada para o bebê durante a gestação ou no parto. Se não tratada, pode levar a consequências tanto para a mãe como para o bebê, como aborto espontâneo, parto prematuro, óbito fetal, baixo peso e recém-nascido com sífilis congênita.
A maioria dos bebês com sífilis congênita não apresentam sintomas quando nascem, porém, as manifestações clínicas podem surgir nos primeiros três meses, durante ou após os dois anos de vida da criança, resultando em alterações no desenvolvimento do bebê, comprometimento neurológico com déficit intelectual, deficiência visual, auditiva, alterações ósseas e dentição.
Por isso, é importante fazer o teste para detectar a sífilis durante o pré-natal e, quando o resultado for positivo, tratar corretamente a paciente e seus parceiros sexuais, para evitar a reinfecção após o tratamento.