No momento em que completa 10 anos de existência, o Projeto Rede, programa de inclusão educacional de alunos com necessidades especiais, gerenciado pela SPDM em parceria com a Secretaria Municipal de Ensino, comemora diversos resultados positivos. O Rede, inclusive, foi tema da defesa de tese da sua gestora Yumi Kaneko, no INSPER – Ensino Superior em Negócios, Direito e Engenharia, quando apresentou uma avaliação da Política de Atendimento à Educação Especial e fez uma análise geral sobre o projeto, quanto a eficiência e eficácia.
Os dados desse estudo demonstram que a SPDM, em trabalho conjunto com a Secretaria Municipal de Educação, conseguiu atingir os resultados esperados da Política de Atendimento à Educação Especial e tem contribuído para aprimorar as estratégias de inclusão de alunos com deficiência. Segundo Yumi, 80% dos alunos atendidos apresentaram evolução favorável no seu desenvolvimento neuropsicomotor e há evidência de que 59% desses alunos participam efetivamente de todas as atividades da escola, inclusive na área externa. “Outro dado importante é que 94% dos alunos frequentam a escola com alguma regularidade, mesmo diante dos problemas de saúde e de mobilidade”, diz.
A gestora chama atenção para o aumento expressivo do número de alunos assistidos pelo Rede – mais de 1.000%, desde a sua criação. “Foi constatado um aumento significativo da matrícula de alunos mais graves, com aumento da proporção de alunos mais comprometidos, isso porque a Rede Municipal de Ensino de São Paulo se tornou referência no atendimento desses alunos. Este fenômeno demonstra que os pais de alunos com deficiência grave preferiram matricular seus filhos na rede municipal justamente por ter estrutura melhor, o que é uma demonstração indireta da eficácia de estratégias de inclusão adotadas”.
Desde a sua fundação, o projeto já beneficiou mais de 14 mil alunos da Rede Municipal de Ensino, grande parte deles na faixa dos seis aos 10 anos de idade. A quase totalidade desses alunos (94%) são portadores de deficiências graves, com grande dependência funcional que justifica a necessidade da assistência permanente de uma AVE (Auxiliar de Vida Escolar), imprescindível para realização de atividades básicas como alimentação, higiene pessoal, banho, vestuário, transferência e locomoção.
Yumi explica que o Projeto Rede é dinâmico. “Mesmo diante de resultados positivos, o projeto precisa ser constantemente avaliado para que possamos conhecer a realidade desse público e atender as necessidades de cada aluno assistido”, conclui
EQUIPE
Para que isso seja possível, além da contratação, formação e treinamento dos Auxiliares de Vida Escolar (AVE), o Projeto conta com supervisores técnicos que prescrevem mobiliário adaptado e equipamentos de Tecnologia Assistiva para as escolas, além de realizar avaliações periódicas de alunos, das AVE e da infraestrutura das escolas. Paralelamente, também conta com os núcleos multidisciplinares em 13 Diretorias Regionais de Educação que atuam em conjunto com Centro de Formação e Acompanhamento à Inclusão (CEFAI) da Secretaria Municipal de Educação. Atualmente, o Projeto Rede beneficia alunos de 62% das escolas do município de São Paulo e conta com mais de 1.200 colaboradores.
SPDM
Gerenciado pela SPDM-Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação de São Paulo, o Projeto Rede atende alunos com deficiência em diferentes níveis de complexidade, matriculados na rede municipal de ensino. Seu principal objetivo é oferecer suporte técnico e apoio intensivo necessário para que os alunos atendidos possam se organizar e participar efetivamente das atividades desenvolvidas pela unidade educacional, integrados ao seu grupo.