Nos dias 13 e 14 de agosto, um passo inédito rumo à alimentação mais saudável e sustentável em unidades de saúde e educação gerenciadas pela SPDM – Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina foi dado com a realização de oficinas de preparo de pescados artesanais, voltadas para as equipes de cozinha do Centro de Educação Infantil (CEI) Nova Luz e do Hospital São Paulo (HSP).
A ação foi organizada em parceria com a Cooperpesca Artesanal, cooperativa do Vale do Ribeira integrada ao Fórum das Comunidades Tradicionais do Estado de São Paulo, responsável pela produção de pescados que serão utilizados futuramente nas unidades. O chef de cozinha, Cauê Tessuto, que já trabalha com os pescados da cooperativa, conduziu a formação junto aos cozinheiros, nutricionistas e representantes da equipe técnica de nutrição.
“Percebemos cada vez mais a importância do alimento livre de agrotóxicos em nossas unidades, e agora vamos incluir o pescado artesanal, que nutricionalmente é fundamental para a saúde humana. Para isso, promovemos o treinamento das equipes em diálogo com a cooperativa, com a participação da equipe de nutrição e de cozinheiros”, afirma Dra. Larissa Beltramim, Chefe do Escritório de Políticas Públicas, Desenvolvimento Sustentável e Inovação Social da SPDM.
A atividade marca a introdução do pescado artesanal no cardápio nutricional, após a aquisição de frutas, legumes, verduras e ovos, sendo o primeiro passo para a inclusão desse tipo de proteína, com 10 espécies de pescados do litoral de São Paulo nas refeições, com início de entregas previstas para outubro de 2025.
Com análise e especificação técnica, a gerência de nutrição da SPDM aprovou a inclusão dos pescados artesanais no cardápio nutricional. A oficina teve como objetivo garantir que os cozinheiros estejam capacitados para lidar com os pescados de forma segura e saborosa. As colaboradoras contaram com demonstrações práticas, orientações nutricionais e troca de experiências entre profissionais da saúde e da agricultura familiar.
“Tivemos uma experiência muito boa, proveitosa na prática e também teórica dos produtos que vieram apresentar com os peixes. Uma comida boa, onde a gente também faz uso da profissão, quer cozinhar para servir melhor, ou seja, o melhor com o que tiver… foi muito bom, bem aproveitado, o pessoal bacana, um produto de boa qualidade, inclusive, achei legal”, afirma Antonio Aparecido, cozinheiro do Hospital São Paulo.
Além de ampliar o acesso a alimentos de qualidade, a iniciativa fortaleceu a pesca artesanal e a agricultura familiar, contribuindo para a economia de comunidades tradicionais e respeitando os princípios de sustentabilidade e segurança alimentar. A inclusão desse tipo de alimento tornará as refeições de pacientes e alunos(as) mais saudáveis durante o período que estudam e são atendidas nas unidades hospitalares.
“Foi uma experiência muito legal, até para os cozinheiros verem uma outra forma de preparo, apesar das nossas dificuldades, o que eles podem, o que eles não podem fazer, de contato com outras pessoas, de discutir, com outro cozinheiro, trocar ideia. E a vinda desses peixes para nós também é uma coisa muito importante, que muda um pouquinho o cardápio para os pacientes, dá novas ideias, novas preparações para eles. Além dos benefícios do pescado que vai trazer para os nossos pacientes“, declara Ana Lucia Castro Montolezi, nutricionista do Hospital São Paulo.
Essa iniciativa é fruto do Acordo de Cooperação Técnica entre Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra-SP), SPDM e também do Acordo de Cooperação Técnica SPDM, Laços do Agro e Instituto KAIRÓS.