Adam (interpretado por Hugh Dancy) é um jovem engenheiro que acaba de perder o pai e vive solitário em Nova York. Seu único amigo é Harlan Keyes (vivido por Frankie Faison), que era amigo de seu pai e agora age um pouco como o tutor do rapaz.
A dificuldade de Adam em se relacionar com as pessoas, o que faz com que esteja sempre sozinho, deve-se ao fato dele ser portador da Síndrome de Asperger.
A Síndrome de Asperger é um transtorno neurobiológico que faz parte do espectro autista. É, na verdade, considerada uma forma mais branda de autismo. As características principais são déficit de interação social e padrões de comportamento restritos. Os portadores de Asperger, em geral, compreendem tudo de maneira concreta e têm dificuldade com metáforas ou trocadilhos.
Além de perder o pai, Adam também foi demitido e precisa encontrar outro emprego logo para que não precise se mudar de seu apartamento. Sua vida continua solitária até o dia em que conhece Beth (Rose Byrne), uma escritora de livros infantis que se torna sua nova vizinha e amiga, e que vai ajudá-lo em duas entrevistas de emprego. Ela se interessa por Adam, mas de início fica receosa com o comportamento estranho dele, sente que é tratada de maneira indiferente e não entende sua dificuldade em interagir. Depois que o conhece melhor, se encanta com sua personalidade meiga e doce.
O filme trata a síndrome de maneira bem didática. O próprio Adam tem consciência de que é portador e tenta explicar como vê o mundo de uma forma diferente.
Mesmo sendo praticamente opostos, os dois se sentem atraídos um pelo outro, tentam superar os medos e diferenças e iniciam um romance. Como diz o próprio cartaz do filme, Adam é “uma história sobre dois estranhos, um mais estranho do que o outro”. O longa faz rir e se emocionar, uma comédia dramática romântica com ótimas atuações.
Adam (Adam, 2009, EUA) dirigido por Max Mayer, com Hugh Dancy, Rose Byrne, Peter Gallagher, Amy Irving, Frankie Faison, Mark Linn-Baker, Maddie Corman, Adam LeFevre.