Dos diversos tipos de câncer, o de pâncreas e o de fígado costumam ser detectados tardiamente. Por isso, são diagnosticados em estágios mais avançados e também acabam sendo mais letais. Mas de uma forma geral, muitos tipos de câncer já têm cura. O grande desafio atualmente é, além de aumentar mais ainda a porcentagem de cura, evitar que o paciente tenha sua qualidade de vida comprometida pelas reações aos medicamentos do tratamento.
De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), o câncer é a segunda doença que mais mata no mundo, com cerca de 9,6 milhões de óbitos por ano e, nos próximos 25 anos, passará a ser a primeira. O último relatório da OMS sobre projeção de tumores mostra o surgimento de 12,4 milhões de novos casos por ano. No Brasil, segundo o INCA (Instituto Nacional do Câncer), esse número é de mais de 600 mil.
“Em cada situação em que aparece, o câncer tem diversos fatores de risco. Câncer de pulmão ou de bexiga, por exemplo, podem ocorrer com menor frequência quando a pessoa não fuma. Na urologia, o principal tipo é o câncer de próstata. Um tumor que afeta os homens a partir dos 45, 50 anos de idade. Um dos principais fatores de risco é a hereditariedade”, explica o médico urologista e chefe da disciplina de Urologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Dr. Fernando Almeida.
Já o câncer de mama é uma doença que acomete mais as mulheres. São fatores de risco a idade avançada, a exposição prolongada aos hormônios femininos, o excesso de peso e a história familiar. Estão também mais propensas a desenvolver a doença as mulheres que não tiveram filhos ou tiveram o primeiro filho após os 35 anos, não amamentaram, fizeram uso de reposição hormonal, menstruaram muito cedo (antes dos 12 anos) e entraram tarde na menopausa (acima dos 50 anos).
Prevenção
Parar de fumar, evitar o sedentarismo e modificar hábitos alimentares são fatores que podem reduzir em um terço as mortes por câncer. Outro fator importante é evitar a exposição direta da pele ao sol, utilizando sempre protetor solar. Além desses cuidados, realizar periodicamente os exames que podem detectar a presença de qualquer alteração nos órgãos de maior incidência ao câncer.