A Escola Paulista de Medicina chora. Na manhã chuvosa deste domingo, dia 31 de outubro de 2021, velamos um dos maiores epemistas nos nossos 88 anos. A tristeza abateu-se sobre todos, que sabemos que a escola depende da criatividade, empenho e destemor de grandes médicos.
A Escola Paulista de Medicina se ajoelha. É necessário grande dose de humildade para ver a morte prematura, aos 60 anos, de um médico na plenitude da vida acadêmica e no vigor das boas ideias, que estavam sendo transformadas em políticas institucionais. A inteligência, a sabedoria, a visão estratégica, todas qualidades colocadas em favor da escola.
A Escola Paulista de Medicina se recusa a enterrar um mestre. Uma das frases evocadas ao final da vida de um grande homem é que não se enterra alguém com essas qualidades. Devemos semear uma vida que valeu a pena ser vivida, com todas as sementes cultivadas ao longo de décadas. A escola saberá fazer um bom uso do legado do nosso querido Manoel João Batista Castello Girão.
Ronaldo Laranjeira
Diretor-Presidente da SPDM – Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina