As primeiras ações de imunizações no Brasil datam de 1804. Mas foi no ano de 1973 que foi criado o Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde. E por meio do PNI, o Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza, todos os anos, mais de 300 milhões de doses de vacinas. Ao todo, são oferecidos, gratuitamente, 42 tipos de imunobiológicos e 25 vacinas. Mas você sabe quais são as vacinas e quem deve tomá-las?
Antes do PNI, as ações de imunização eram caracterizadas pela descontinuidade e pela baixa área de cobertura. Criado com o objetivo de coordenar essas ações, o programa – em 40 anos – transformou o Brasil em um dos países que oferece o maior número de vacinas do mundo.
A coordenadora do PNI, Carla Domingues, destaca que o calendário de vacinação beneficia toda a família. “Nós temos um calendário para o adolescente, adulto e idoso, além da criança que já é rotineiramente vacinada. Então é importante que todas as pessoas conheçam o calendário de vacinação para que ele esteja sempre atualizado”, explica.
Todo esse esforço para imunizar a população está dando resultados. O Brasil alcançou a erradicação da poliomielite e da varíola, e a eliminação da circulação do vírus autóctone do sarampo, desde 2000, e da rubéola, desde 2009. Também foi registrada queda acentuada nos casos e incidências das doenças imunopreveníveis, como as meningites por meningococo, difteria, tétano neonatal, entre outras.
Das vacinas disponíveis hoje no SUS, 96% são produzidas no Brasil ou estão em processo de transferência de tecnologia. Isso só é possível porque existe no País um parque produtor de vacinas e imunobiológicos. É um importante patrimônio que deixa o Brasil em situação privilegiada em relação a outros países do mundo e possibilita o desenvolvimento científico e tecnológico.
Novas vacinas
Nos últimos quatro anos, o Ministério da Saúde introduziu sete novas vacinas. Em 2010, foi a vacina pneumocócica 10 valente e meningocócica C conjugada. Em 2012, incluiu a vacina penta (difteria, tétano, pertussis, Haemophilus influenza tipo b e hepatite B) e a vacina inativada poliomielite (VIP). Já em 2013, o PNI ampliou a oferta da vacina hepatite B, de 29 para 49 anos de idade.
Recentemente, o SUS passou a oferecer a vacina tetra viral, que protege contra sarampo, caxumba, rubéola e varicela, e é exclusiva para crianças com 15 meses que tenham tomado a primeira dose da tríplice viral. Em 2014, o Ministério já incluiu a vacina contra o HPV, e vai lançar ainda a vacina contra a hepatite A e a dTpa (difteria, tétano e coqueluche acelular) para gestantes.