O estado de São Paulo começou a aplicar a dose de reforço da vacina da Covid-19 em profissionais de saúde, nesta segunda-feira, 4. A medida foi anunciada após a constatação de aumento de casos entre os que estão nessa linha de frente da pandemia. Cerca de um milhão de trabalhadores, entre médicos, enfermeiros e demais atuantes da área receberão o reforço, mas, para isso, é necessário ter completado o ciclo vacinal entre fevereiro e março.
A terceira dose da vacina também já está sendo aplicada em idosos, com liberação para pessoas de 60 a 69 anos a partir de hoje, que tenham tomado a segunda dose (ou dose única) há pelo menos seis meses. Estudos apontam diminuição da resposta imunológica e dos anticorpos após esse período e, com isso, o objetivo é aumentar a imunidade dos grupos de risco e dos que estão mais expostos ao vírus.
O reforço vacinal não exige a mesma marca da vacina utilizada nas duas primeiras doses. Chamada de vacinação heteróloga, a mistura de imunizantes diferentes aumenta os anticorpos quando comparada a com vacinas iguais. “A combinação gera mais anticorpos e aumento de linfócitos T (células que são importantes para resposta da imunidade celular) do que quando utilizado duas doses da AstraZeneca, sem aumentar o risco de eventos adversos”, afirma o infectologista Eduardo Medeiros, coordenador da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) Corporativa da SPDM – Instituições Afiliadas.
Imunossuprimidos, como transplantados, pessoas com doença oncológica, em uso de quimioterapia, e doenças reumáticas, em uso de imunomoduladores, também devem tomar a terceira dose. Mas, para esses grupos, o intervalo de tempo é menor: 28 dias após a segunda dose.