Na última terça-feira (21), começou o verão, a estação mais quente e com maior incidência solar, e o Hospital Municipal de Barueri Dr. Francisco Moran (HMB), unidade da Prefeitura de Barueri gerenciada em parceria com a SPDM – Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina, aproveita a data para celebrar o Dezembro Laranja, mês de combate ao câncer de pele, e abordar a necessidade de proteção da pele para prevenir esse tipo de câncer.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de pele não-melanoma é o mais frequente no Brasil e corresponde a 30% de todos os tumores malignos registrados no país, já o melanoma, considerado mais agressivo, representa 3%. “Quando falamos de câncer de pele é usual as pessoas pensarem que é uma doença mais simples. Apesar de o não-melanoma, tipo mais comum, não necessariamente evoluir para metástase, ele pode exigir intervenções cirúrgicas para remover a lesão e cicatrizes inestéticas”, explica Débora Gaspar, dermatologista do HMB.
O maior fator de risco para o câncer de pele é a exposição aos raios ultravioletas, frequentes nos raios solares e também nas câmaras de bronzeamento – que são proibidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) desde 2009. Pessoas com pele, olhos e cabelos claros, albinos, ruivos e/ou com histórico familiar de câncer de pele precisam de atenção especial.
“A principal forma de prevenção e que nunca deve ser esquecida é o uso do protetor solar diariamente, e diante da exposição direta ao sol, o produto precisa ser reaplicado. A regra para escolher o protetor é no mínimo fator 30 e com proteção contra os raios ultravioletas A (UVA) e B (UVB). As barreiras físicas como óculos de sol, chapéu e boné de abas largas, guarda-sol, entre outros, também contribuem para a proteção”, alerta a dermatologista.
Devido à grande variedade de tipos de câncer de pele, os sintomas costumam ser bem variáveis, por exemplo, lesão que gera ardência, coceira, sangramento, descamação ou pinta que muda de cor e tamanho. “Se uma lesão não melhorar/cicatrizar em até quatro semanas, é fundamental procurar um dermatologista, que é o médico especialista na área e dispõe de recursos específicos para o diagnóstico, como o dermatoscópio, um aparelho que amplia a imagem da pele”, explica Débora.
É importante lembrar que assim como todos os outros cânceres, o de pele também tem grandes chances de cura quando diagnosticado precocemente. O HMB dispõe de uma equipe especializada de dermatologistas para realizar todo o tratamento necessário para o câncer de pele. Só em 2021, entre janeiro e novembro, o hospital realizou mais de 8.200 consultas dermatológicas. Além disso, a unidade também conta com oncologistas e cirurgiões plásticos, dentre outros especialistas, para intervenções mais complexas.