Celebrado em 27 de novembro, o Dia Nacional de Combate ao Câncer foi criado em 1988 para alertar a população sobre os riscos e as formas de prevenção da doença, uma das que mais mata em todo o mundo – cerca de 9,6 milhões de óbitos por ano de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), 600 mil novos casos são diagnosticados por ano.
O câncer se caracteriza, essencialmente, pelo crescimento descontrolado de células que invadem tecidos e órgãos, levando ao surgimento de tumores, que podem se propagar por demais regiões do corpo. Os fatores que contribuem para o surgimento do câncer são variados, segundo Maximiliano Augusto Novis de Figueiredo, supervisor do Serviço de Oncologia Clínica do Hospital Geral de Guarulhos (HGG), unidade da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo gerida em parceria com a SPDM – Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina.
“É uma patologia de origem geralmente multifatorial. Vários são os mecanismos no desenvolvimento das células cancerígenas, e alguns fatores de risco aumentam a chance do desenvolvimento da doença, como tabagismo, etilismo, sedentarismo e alimentação inadequada, além de fatores não modificáveis como idade, histórico familiar e genético”, explica o Dr. Maximiliano.
Formas de prevenção
Uma das maneiras de prevenir o câncer, de forma geral, é a adoção de hábitos de vida saudáveis, com a prática de atividades físicas regulares, uma alimentação rica em frutas, legumes e verduras, evitando gorduras, frituras, alimentos processados, açúcares, bebidas alcoólicas e cigarro; e manter a proteção solar para evitar o câncer de pele – o tipo mais comum da doença na população geral.
O oncologista do Hospital Geral de Guarulhos ressalta que, além dos hábitos saudáveis, é importante controlar outras doenças para a prevenção mais assertiva do câncer. “O controle de comorbidades de modo adequado e o rastreamento precoce para tumores como mama e próstata são muito importantes. Alguns tipos de tumores estão intimamente relacionados com infecções virais crônicas, como o HPV no útero, e hepatite B e C no fígado, por exemplo. Por isso o tratamento adequado e a vacinação, nesses casos, são aspectos fundamentais para prevenção do câncer”, esclarece Maximiliano.