O Ministério da Justiça determinou que num prazo de 48 horas a venda de cigarros eletrônicos no Brasil seja suspensa. A multa diária é de R$5 mil e atinge 33 empresas. Essa medida visa proteger principalmente o público jovem. O Ministério da Justiça afirma que as empresas agem com falta de transparência e boa fé, induzindo os consumidores a acreditarem que os cigarros eletrônicos são produtos legais e que não fazem mal à saúde.
Os especialistas consideram a atual situação grave, com aumento significativo do consumo dos produtos, sendo que os cigarros eletrônicos são comercializados livremente em lojas, tabacarias e páginas na internet, apesar de serem ilegais. No inicio de julho deste ano a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu manter a proibição do comércio, importação e a propaganda de cigarros eletrônicos. A medida estava em vigor desde 2009 e foi mantida. O cigarro tradicional tem alcatrão, um composto de mais de 40 substâncias comprovadamente cancerígenas, monóxido de carbono (que dificulta a oxigenação do sangue), nicotina, aromatizantes e uma mistura de mais de 7 mil produtos químicos que são tóxicos e prejudiciais à saúde. Já os eletrônicos aquecem o líquido de seu reservatório (também chamado de e-líquido) que é então inalado pelo usuário. Assim, por não existir combustão, não há geração de monóxido de carbono. Porém, eles também têm nicotina (por isso também geram dependência) e outras substâncias líquidas como glicerol, glicerina vegetal, propilenoglicol e aromatizantes alimentares.