O Hub Cuidados em Crack e Outras Drogas do Governo de São Paulo, localizado na região central da capital, completou cinco meses de funcionamento com 10.475 atendimentos ofertados para um total de 7.450 pacientes que passaram pelas triagens e foram encaminhados para algum tipo de tratamento para transtornos aditivos ou para demandas clínicas gerais.
“Os números surpreenderam positivamente. Havia uma demanda reprimida de apoio a essas pessoas e o HUB, com a sua porta aberta, acaba trazendo esses atendimentos. São mais de 4,5 mil encaminhamentos para internação em hospitais especializados ou para o acolhimento em comunidades terapêuticas”, afirma o vice-governador Felício Ramuth, coordenador das ações do governo paulista na região central.
Até dia 06 de setembro o Hub realizou 4497 encaminhamentos, sendo que 2.440 deles foram para Hospitais Especializados, 1.624 para Comunidades Terapêuticas e outros 433 pacientes apresentaram demandas clínicas (Pronto Socorro, Unidade Básica de Saúde, Ambulatório Médico de Especialidades ou Hospitais Gerais).
Os números revelam que a maior parte dos pacientes que buscam o Hub vivem em vulnerabilidade social, os dados apontam que 59% desses pacientes frequenta cenas de uso 72% estão em situação de rua.
Quanto ao perfil dos pacientes que foram entrevistados na triagem para acolhimento social (655), 92,5% são homens, 72,1% se consideram pardos ou negros e 63,9% deles estavam na região central de São Paulo antes de ir para o HUB.
Cerca de 80% dos pacientes não tinham atividade remunerada no momento da entrevista, mais da metade dos atendidos não completou o ensino fundamental e 27,5% deles não tinham documento de identificação. Aproximadamente 33% dos entrevistados referiram não ter nenhum vínculo ou familiar que possa ser considerado parte de sua rede de suporte, e quase metade (49%) tem pelo menos 1 filho menor de idade.
Nesse período, o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS AD) do Hub realizou um total de 10.881 atendimentos ambulatoriais. O serviço oferece tratamento ambulatorial para um total de 575 pacientes em quadros estáveis do transtorno aditivo, que fazem no CAPS a manutenção de seu tratamento.