Uma premiação nacional inédita realizada nesta terça-feira, 8 de novembro, em Brasília (DF), revelou quais são os 40 melhores hospitais públicos do Brasil. A iniciativa do Instituto Brasileiro das Organizações Sociais de Saúde (Ibross), em parceria com a OPAS/OMS (Organização Pan-Americana da Saúde), Instituto Ética Saúde (IES) e ONA (Organização Nacional de Acreditação), reconheceu as instituições hospitalares do SUS (Sistema Único de Saúde) consideradas mais eficientes, bem avaliadas pelos usuários e que se destacam pela qualidade e pela segurança proporcionada aos pacientes.
O primeiro colocado do ranking do “Prêmio Melhores Hospitais Públicos do Brasil” foi o Hospital Estadual de Sumaré, localizado na região de Campinas, interior do Estado de São Paulo. Em segundo lugar, empatados, ficaram o Hospital Geral de Itapecerica da Serra, situado na região metropolitana da Grande São Paulo, e o Hospital Geral Dr. Waldemar Alcântara, de Fortaleza, no Ceará.
O terceiro colocado na premiação foi o Hospital Estadual de Diadema, gerenciado pela Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM), que fica na região do ABCD, na Grande São Paulo. Outras unidades sob gestão da SPDM também aparecem na lista, como o Hospital de Transplantes Euryclides de Jesus Zerbini (6º lugar), Hospital Geral de Pirajussara (8º lugar), Hospital Regional de Sorocaba Dr. Adib Domingos Jatene (15º), o Hospital Luzia de Pinho Melo (21º), em Mogi das Cruzes e o Hospital e Maternidade Dr. Odelmo Leão Carneiro (25º), em Uberlândia.
Foram reconhecidos os hospitais públicos que possuem atendimento 100% financiado pelo SUS. As instituições premiadas possuem diferentes formatos de gestão e estão localizados em 11 diferentes estados do país. Participaram da seleção os hospitais com Acreditação de nível 3 (excelência) emitido pela ONA (Organização Nacional de Acreditação) ou com certificação de qualidade plena internacional. No total, 136 hospitais públicos de todo o Brasil foram avaliados pela comissão julgadora, formada pelos representantes das instituições envolvidas na organização do prêmio (Ibross, OPAS/OMS, IES e ONA) e pela professora e pesquisadora Mariana Carreira, da FGV-Saúde.
Para estabelecer a pontuação foram utilizados critérios como as avaliações dos usuários dos serviços disponíveis no Google Business, tempo de certificação de cada instituição e cálculo de eficiência (produção hospitalar em relação aos recursos financeiros empregados), este último medido em parceria com a Escola de Economia da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais).
“A intenção com esse reconhecimento inédito é estimular ainda mais que os hospitais públicos brasileiros busquem cada vez mais aperfeiçoar seus serviços e mecanismos de gestão, ganhando em eficiência, resolutividade e qualidade à população usuária do SUS”, afirma o presidente do Ibross, Flávio Deulefeu.
Segundo ele, um dos caminhos na busca pela excelência é a Certificação de Qualidade Hospitalar, pois se trata de processo de avaliação contínua, que ajuda na aprendizagem dos profissionais de saúde e gestão, além de contribuir para a melhoria dos processos internos, com objetivo de oferecer qualidade na assistência aos usuários.
“O Ibross tem compromisso sólido com o aperfeiçoamento do Sistema Único de Saúde. Somos, por meio das Organizações Sociais de Saúde (OSS), parceiros na gestão de unidades de saúde do SUS – hospitais, unidades de atenção primária, unidades de pronto atendimento e outras – com recursos públicos. Temos tido muito sucesso, prestando assistência de qualidade, com excelentes resultados em todo o país, e os desafios são diários”, explica Deulefeu
Sobre o Ibross
O Instituto Brasileiro das Organizações Sociais de Saúde (IBROSS) é a entidade nacional representativa das Organizações Sociais de Saúde (OSS), instituições filantrópicas do terceiro setor, sem fins lucrativos, responsáveis pelo gerenciamento de serviços de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o país, em parceria com secretarias municipais e estaduais de saúde. Desde sua criação, em novembro de 2016, tem como objetivo disseminar o modelo de gestão de equipamentos de saúde como hospitais, ambulatórios, postos de saúde, unidades de pronto atendimento, clínicas de especialidades e serviço de atendimento móvel de urgência, realizado por meio de parcerias firmadas entre as organizações sociais e o poder público.