São Paulo, 14 de Outubro de 2013.
Secretaria Municipal da Saúde realiza Campanha de Controle da Hanseníase
Com o slogan “Desconfie! Qualquer Mancha pelo Corpo Pode Ser Hanseníase”, o objetivo é identificar casos e orientar população sobre a doença.
A Coordenação de Vigilância em Saúde (COVISA), da Secretaria Municipal da Saúde, promove de 14 de outubro a 14 de novembro de 2013 mais uma Campanha Municipal de Controle da Hanseníase. A ação envolve todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) e as Assistências Médicas Ambulatoriais (AMAs) do Município de São Paulo, além das 31 Unidades de Referência especializadas na doença.
A campanha “Desconfie! Qualquer Mancha pelo Corpo Pode Ser Hanseníase”, visa à sensibilização de todos os profissionais das UBS e AMA para que estejam alerta, sempre desconfiem e questionem as pessoas atendidas sobre a existência de manchas na pele. Durante a campanha, são desenvolvidas atividades de busca ativa de casos suspeitos e ações educativas na comunidade. Em 2012, foram treinados 16.795 profissionais de saúde, para desenvolver essas ações. As 31 Unidades de Referência, pelo menos uma por Subprefeitura, são responsáveis pela confirmação do diagnóstico e realização do tratamento.
“Você tem alguma mancha?”
Essa é a pergunta que os mais de 15 mil profissionais estão fazendo às pessoas, tanto nas UBS quanto em comunidades, escolas e asilos próximos das unidades de saúde.
Em 2012, foram entrevistadas 1.265.558 pessoas. Destas, 5.597afirmaram ter manchas e foram avaliados na UBS mais próxima da residência, com 487 encaminhados para um especialista. Ao final das análises, 62 pessoas tiveram confirmado o diagnóstico de hanseníase.
Para Carlos Tadeu. Maraston, coordenador do Programa Municipal de Controle da Hanseníase (PMCH), do Centro de Controle de Doenças (CCD), as ações de busca ativa de casos suspeitos acontece durante todo o ano. “No período da campanha existe uma intensificação das ações de hanseníase em toda a rede”, explica. “Há uma concentração maior no trabalho de suspeição e conseguimos intensificar a busca ativa”, completa Carlos. Em média, são descobertos 250 casos novos de hanseníase por ano, na cidade.
A doença e o tratamento
Há quatro formas clínicas de hanseníase: indeterminada, turbeculoide, dimorfa e virchowiana. As duas primeiras são classificadas como formas paucibacilares, ou seja, com poucos bacilos; e as outras duas são multibacilares, e, portanto, capazes de transmitir por via respiratória, em um contato íntimo e prolongado – morar junto, dormir no mesmo quarto.
Convívios esporádicos têm pouca chance de contaminação. Além disso, 90% das pessoas dispõem de resistência natural aos bacilos da hanseníase, mesmo entrando em contato com eles. Dos 10% restantes, a transmissão é maior nas pessoas que têm convívio intenso e íntimo com as formas transmissíveis. Quando uma pessoa é diagnosticada com a doença, toda a família e as pessoas de seu convívio domiciliar devem ser investigadas.
As medidas de controle da doença visam à interrupção da cadeia de transmissão que ocorre por meio do tratamento dos pacientes acometidos e de exame e vacinação dos familiares com os quais mantiveram contato. Quanto mais precoce o diagnóstico, menor o risco de transmissão da doença e menores as complicações e sequelas provocadas pelo comprometimento dos nervos periféricos que caracterizam essa doença.
O tratamento da hanseníase não requer internação. Ele é feito com a administração de remédios, via oral, por períodos que podem variar de seis a 12 meses, dependendo da forma clínica da doença. O tratamento de seis meses é para as duas primeiras formas da doença (as paucibacilares) e usa blisters (cartelas) padronizados, com os comprimidos necessários, e duas drogas diferentes. No caso das formas multibacilares, os blisters padronizados possuem três drogas e o tratamento tem duração de 12 meses.
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