Um ato extremamente simples, que pode salvar muitas vidas. Estamos falando de higienizar as mãos, ação que representa uma das principais medidas contra as popularmente conhecidas infecções hospitalares.
Este tipo de infecção é decorrente de hospitalização, procedimento ambulatorial ou tratamento de saúde de forma geral e, inclusive, possui um novo nome técnico. “Não chamamos mais de infecção hospitalar. Agora é Infecção Relacionada à Assistência de Saúde ou IRAS”, explica Claudia Mangini, infectologista do Hospital Municipal Dr. José de Carvalho Florence, de São José dos Campos-SP.
A nova sigla é IRAS porque o tratamento de saúde hoje não se restringe somente ao ambiente hospitalar. Há um movimento humanizado que indica o restabelecimento da saúde na residência do paciente e a realização de procedimentos invasivos, como acessos nas veias, biópsias, administração de medicamentos, por exemplo, em clínicas e ambulatórios.
Grupos de risco
Esse tipo de infecção ocorre porque o paciente está mais suscetível – ele já chega com o organismo mais debilitado. “Além de ele já não estar na sua plena condição de defesa contra os patógenos, como bactérias ou vírus, estes acabam por ser mais resistentes nesses ambientes de tratamento de saúde”, conta Claudia.
Qualquer pessoa está sujeita a ser afetada, mas os pacientes, por serem portadores de doenças crônicas, por estarem com sua imunidade baixa ou ainda por terem se submetido a procedimentos como cirurgias, entubação, uso de cateter, são mais propensos às IRAS.
Os grupos de maior risco são pacientes de Unidades de Tratamento Intensivo, transplantados, quem passou por uma cirurgia, portadores de deficiência crônica de imunidade, como diabetes e doenças autoimunes, idosos, crianças e recém-nascidos, por terem saúde mais frágil.
Prevenção
As principais transmissões ocorrem através das mãos dos profissionais e dos materiais utilizados na assistência aos pacientes.
“A principal medida para prevenção de infecção é a higienização das mãos, preferencialmente com álcool gel 70%. Outras medidas importantes são a higienização do ambiente, o cuidado com materiais utilizados no paciente e o respeito às boas praticas na assistência ao paciente”, explica a infectologista.
Higienizar as mãos antes e após o contato com o paciente é importante para todo mundo: equipe da saúde, visitantes, acompanhantes e também para o próprio paciente.
Os funcionários de hospitais e outros serviços de saúde podem ajudar a obter informações sobre a higienização adequada das mãos. Por isso, quando tiver dúvida, não tenha receio de perguntar.