Muitas vezes o casal, mesmo num período anterior à sua união formal, vem ao médico para procurar saber de suas probabilidades para a gravidez. Existem elementos que permitem avaliar, a princípio, o potencial de fertilidade do casal.
No caso do homem
Dentre outros, os seguintes achados são importantes:
– os testículos não “desceram” para o escroto quando criança (condição chamada criptorquia);
– as veias do escroto são muito dilatadas, o que dificulta a formação dos espermatozoides (varicocele);
– o desenvolvimento hormonal não foi suficiente, ocorrendo vários graus de atrofia nos genitais, e, em especial, nos testículos, o que pode resultar em ausência de espermatozoides (os chamados hipogonadismos);
– a falta de interesse sexual, que pode cursar com redução de níveis hormonais no indivíduo adulto, o que prejudica a produção de espermatozoides.
No caso da mulher:
– dores pélvicas intensas durante a menstruação ou durante a relação sexual podem denunciar uma endometriose (doença que compromete, em graus muito variados, as tubas e os ovários)
– a presença constante de corrimento genital pode apontar para infecções ginecológicas com potencial para produzir obstrução tubária;
– irregularidades no ciclo menstruais podem concomitar com defeitos de secreção hormonal pelos ovários, levando à falha na ovulação.
No entanto, nem sempre existem essas evidências. É possível, então, lançar mão de exames: espermograma, histerossalpingografia, exames hormonais e outros, no sentido de tentar verificar mais diretamente a fertilidade do casal. Alterações nesses exames apontarão para procedimentos que possam trazer gravidez. Ainda que os exames sejam normais, não há garantias de fertilidade para o casal, porque existem ainda muitos fenômenos que carecem esclarecimento na Reprodução Humana.
Levando-se em conta que um casal que tem relação sexual no período fértil da mulher sem uso de contracepção, tem chance entre 80% e 90% de obter gravidez no primeiro ano de tentativas, supõe-se que, se não houve gravidez nesse período, o casal possa ter algum impedimento para engravidar, e deve procurar auxílio médico.
Embora possam existir casais que engravidarão no segundo ano de tentativas, como a mulher tem procurado engravidar com mais idade, é preferível intervir mais cedo, a correr o risco da redução da fertilidade que ocorre com a idade da mulher (pela redução da qualidade e quantidade dos óvulos).
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Dr Jorge Haddad-Filho, médico do Serviço de Reprodução Humana do Hospital São Paulo