A figura acima ilustra a forma pela qual é iniciada a realização da análise genética do embrião (PGD).
O embrião cresce dentro da “casca do ovo”, chamada tecnicamente de zona pelúcida. Após a união do espermatozoide e do óvulo, forma-se o ovo ou zigoto, que se divide várias vezes formando os blastômeros (Blst, na figura).
Para realizar a análise genética, é retirado um blastômero (BR) por meio de uma micropipeta (semelhante a um canudo, muito mais fino). Esse b
Cada célula humana tem 23 pares de cromossomos. A figura abaixo mostra que um dos cromossomos, em vez de aparecer duas vezes, aparece três vezes (defeito conhecido como trissomia).lastômero vai ser preparado especificamente para visualização.
A retirada de uma célula do embrião não prejudica o desenvolvimento do bebê durante a gravidez. Um estudo realizado neste ano (2014) comparou bebês nascidos em gravidez natural com os de fertilização in vitro, com realização de PGD. O resultado é que não houve diferença significativa nem na evolução da gravidez, nem nos recém-nascidos, atestando a segurança do procedimento.
No entanto, a retirada de uma célula do embrião tem potencial para produzir dano fatal ao próprio embrião, anulando seu desenvolvimento. Por isso, o teste genético deve ser realizado apenas quando for absolutamente necessário, como nos casos em que há malformações na família do casal. O aconselhamento do médico geneticista é crucial para que se aproveite ao máximo o que o PGD pode oferecer.
Dr Jorge Haddad-Filho, médico do Serviço de Reprodução Humana do Hospital São Paulo